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Atropelador de ciclistas passa por avaliação psiquiátrica

G1

O funcionário público Ricardo Neis, que atropelou ciclistas em rua de Porto Alegre no dia 25 de fevereiro, passou na manhã desta segunda-feira (7) por uma avaliação psiquiátrica do Instituto Psiquiátrico Forense gaúcho. A informação foi confirmada pelo advogado de Neis, Luís Fernando Coimbra Albino. O advogado afirmou que o funcionário público ficou cerca de duas horas sob a avaliação.

Os exames psiquiátricos foram solicitados pela juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1ª Vara de Porto Alegre. O resultado deverá ser encaminhado à juíza nesta quarta-feira (9).

Ricardo Neis é acusado pelo Ministério Público (MP) de tentativa de homicídio qualificado. Ele atropelou os ciclistas na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, em Porto Alegre. Nove pessoas foram levadas ao Hospital de Pronto Socorro da cidade. Todas foram liberadas sem ferimentos graves, segundo o hospital. O motorista teria fugido do local sem prestar socorro, segundo testemunhas.

Em depoimento, Ricardo Neis disse à polícia que atropelou os ciclistas, pois se viu cercado e, com medo de uma agressão, acelerou para proteger a si e ao filho de 15 anos, que também estava no carro.

A Justiça decretou sua prisão preventiva mas, como ele já estava internado no Hospital Parque Belém, em Porto Alegre, permanece sob custódia policial.

Quadro depressivo
Segundo a decisão da juíza, dois atestados firmados por médicos do Hospital Parque Belém prescrevem a necessidade de acompanhamento psiquiátrico, por isso, acreditam que Neis deve permanecer em local onde possa continuar em observação. De acordo com a juíza, foi diagnosticado quadro depressivo, com risco de suicídio, sob cuidados médicos especializados em unidade psiquiátrica fechada, sob cuidado e vigilância contínuos.

Em nenhum dos atestados, houve solicitação ou recomendação expressa dos médicos para transferência de Neis para o Instituto Psiquiátrico Forense, diz a decisão. É necessária avaliação prévia por perito oficial, segundo a juíza.

"Em nenhum dos atestados, houve solicitação ou recomendação expressa dos médicos para transferência do investigado para o Instituto Psiquiátrico Forense, nem foi dito que aquele nosocômio não dispõe de condições para dar atendimento ao investigado, neste momento, observados os cuidados e vigilância necessários", diz trecho da decisão. "Diante disso, entendo em não transferi-lo, por ora, ao Instituto Psiquiátrico Forense, devendo ser mantido sob custódia, no Hospital Parque Belém, aonde se encontra", decide a juíza.

De acordo com o texto, o laudo de avaliação preliminar tem de ser feito pelo Instituto Psiquiátrico Forense.

Pedido
A Polícia Civil de Porto Alegre informou na quarta-feira (2) que pediria a transferência de Neis para o Instituto Psiquiátrico Forense, também na capital gaúcha.
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