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Ter regularidade na hora de dormir é importante, destacou neurologista

G1

A neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono, respondeu a perguntas que chegaram pela internet sobre o tema do Bem Estar desta quarta-feira (9). A médica disse que é importante ter uma regularidade para dormir, mas de vez em quando é possível mudar o horário de ir para a cama, pois isso faz parte da vida.

Para quem dorme pouco durante a noite, pode haver prejuízos de aprendizado, concentração e memorização. Se a pessoa descansa sempre uma hora e meia a menos por dia, segundo Dalva, sua capacidade intelectual e cognitiva pode diminuir até 32%.

Dormir com barulho também pode atrapalhar a fase mais profunda do sono, explicou a especialista. Se o ruído for descontínuo, o prejuízo é ainda maior. No caso de quem toma remédio para dormir, há alguns medicamentos que promovem uma noite muito parecida à de um indivíduo que tem normalmente todas as fases do sono.

Se uma noite é reparadora ou não, a pessoa percebe quando acorda, destacou a médica. Levantar bem e não sentir vontade excessiva de dormir durante o dia é a prova de que esse período foi restaurador.

Dalva disse que, para alguns, dormir 1 hora, 2 horas, já ajuda muito a funcionar nas horas seguintes. Mas para quem precisa operar uma máquina ou desempenhar uma atividade que exige destreza, por exemplo, pode ser pior descansar pouco que nada, pois a privação é capaz de causar uma desorientação e confusão mental. Essas pessoas, porém, são minoria, por isso é melhor sempre dormir pouco do que nada, ressaltou a neurologista.

A médica afirmou, ainda, que dormir depois do almoço pode ser uma necessidade de quem tem um ritmo biológico destinado a essa pausa – geralmente descendentes de europeus. Além disso, há as pessoas que sentem sono nesse horário porque dormiram mal à noite. A dica é não esticar muito esse repouso da tarde, que deve durar no máximo 1 hora. Quem comeu muito no almoço deve esperar cerca de 2 horas para cochilar.

A especialista também falou sobre os indivíduos que viajam muito e mudam de fuso horário pode ter implicações no sono, na alimentação e no metabolismo. Os quartos de hotéis não influenciam tanto, segundo Dalva, pois são limpos e confortáveis. O que realmente prejudica é dormir em horários a que a pessoa não está habituada.

Por fim, a neurologista afirmou que os trabalhadores noturnos devem ter algum período de descanso durante o dia para se sentirem bem. Cada um deve encontrar o melhor horário possível para dormir. Dalva recomendou procurar um profissional especializado em distúrbios do sono se o indivíduo nunca acordar bem, se sentir muito cansado ou sonolento durante o dia, ter dificuldade para dormir a qualquer hora ou acordar várias vezes no meio da noite.
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