O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Sérgio Ricardo (PR), criticou a forma "individualista" como o deputado Emanuel Pinheiro (PR) apresentou o projeto que altera o modelo de gestão da Agência Executora de Projetos e Obras da Copa do Mundo de 2014 (Agecopa). Para o republicano, essa deveria ser uma discussão entre Executivo e Legislativo, de maneira ampla e não como ocorreu.

Sérgio defende ainda que o atual projeto seja extinto, pois, segundo ele, tem prejudicado o desenvolvimento dos trabalhos relacionados à Copa de 2014 e gerado insegurança. “Essa discussão não pode passar da semana que vem, pois tem gerado muita insegurança, mais atrapalha do que ajuda”, criticou.

Essa insegurança tem prejudicado a atração de investidores para o Estado, conforme acredita o parlamentar, já que não se sabe como vai ficar a gestão da Agência. Afirma que alguns empresários demonstraram certo receio e estariam até repensando a possibilidade de investir em Cuiabá.

Apesar de criticar a proposta do colega, o parlamentar avalia que a Agecopa deva ser comandada por um gestor experiente e não por um colegiado. “Experiência é fundamental e a gestão tem que ser do tamanho do projeto”, pontuou o republicano, sugerindo nomes como o do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, para o cargo.

A votação do projeto, que definirá se a gestão da Agecopa permanece como colegiada ou passará a ser presidencialista, está prevista para a próxima quarta-feira (23). Se sancionado, o governador Silval Barbosa (PMDB) terá outra árdua missão, de indicar o nome do novo presidente.