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Após mais de 10h de espera, PSDB registra 11 pedidos de CPI em SP

G1

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB) decidiu às 17h35 desta quarta-feira (16) dar ao PSDB o primeiro lugar na fila para registrar pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Uma assessora do PSDB e um assessor do PT aguardavam a solução do impasse a respeito de quem chegou primeiro ao plenário para registrar CPIs.

O PT tentava registrar um pedido para investigar os pedágios e chegou ao plenário às 6h07. O PSDB, no entanto, afirmou que já aguardava lugar na fila em outra entrada do plenário.

Os assessores dos dois partidos esperaram por mais de 10h em pé até que os deputados resolvessem a questão sobre quem chegou primeiro em frente ao relógio que registra o protocolo dos requerimentos de CPI. O aparelho está localizado dentro do plenário.

Cada partido manteve os mesmos assessores na fila. Eles foram alimentados com água, frutas e chocolates, para que não perdessem o lugar. A reportagem do G1 tentou chegar até eles, mas a assessoria militar da Assembleia não permitiu acesso ao plenário.

Após a decisão, o PSDB registrou 11 pedidos de CPI, que, segundo a oposição, não têm potencial para afetar o governo.

Pela regra, as comissões são abertas pela ordem de protocolo. Ciente disso, o PT colocou um assessor diante do equipamento às 6h07 - fato registrado pelas câmeras de segurança -, mas, de acordo com o PSDB, o funcionário tucano já estava na fila do lado de fora do plenário desde a noite anterior.

O início da sessão desta terça-feira foi marcado pela discussão. "Senhor presidente, vivemos um fato inusitado com relação ao registro de CPIs e uma discussão de dois pontos: um que nos parece absolutamente absurdo, de que o protocolo se inicia apenas quando o plenário se abre. Outro, de que o protocolo se inicia fisicamente diante do equipamento", afirmou o líder o PT, Antônio Mentor, que pediu o adiamento da decisão.

Munhoz chegou a ensaiar o acatamento de um parecer segundo o qual vale mais a ordem na fila do que a presença do assessor em frente ao relógio. "Infelizmente, houve uma falha lamentável, involuntária, que fez com que o plenário ficasse fechado e se determinasse ao servidor do PSDB que ficasse fora do plenário, aguardando o primeiro lugar na fila. O assessor do PT realmente se postou em frente ao relógio às 6h07, mas o PSDB já estava na fila e o regimento afirma que não conta o relógio, mas a ordem de precedência", disse Munhoz.
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