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Padre acusado de ofender mulher em SP pode pegar 3 anos de prisão

G1

Um padre pode pegar até três anos de prisão se for condenado por ter ofendido uma mulher no interior de São Paulo. Na terça-feira (15), o promotor Sérgio Clementino, do Ministério Público em São José do Rio Preto, denunciou o religioso por crime de injúria racial.

O caso ocorreu em abril do ano passado e o acusado, que tem passagens pela polícia por embriaguez ao volante e já chegou a ser condenado por isso, não foi encontrado para comentar a nova denúncia.

“Foi uma discussão que eles tiveram e o padre acabou ofendendo a moça. Não me lembro exatamente das palavras, mas eram relacionadas à cor ou o fato de ela ser negra”, contou nesta quarta (16) o promotor Clementino. A mulher em questão é uma técnica de enfermagem de 24 anos. Ela também não foi localizada para comentar o episódio.

De acordo com o promotor, o crime de injúria racial é aplicado quando a “pessoa ofende alguém com ofensas ligadas à cor, raça ou religião” e a pena prevista varia de um a três anos de prisão ou multa.

Clementino disse que o padre nega as ofensas. “Ele admite a discussão, mas nega que tenha ofendido a mulher.” O promotor não soube detalhar em que circunstâncias houve o bate-boca. Informou apenas que a técnica de enfermagem cuidava de uma idosa ligada à paróquia e que todos estavam num mesmo carro. “O padre queria que ela saísse do carro”, relatou o promotor. O processo vai correr na 4ª Vara Criminal do Fórum de São José do Rio Preto.

O religioso não atua mais na cidade. Ele foi transferido para uma paróquia na cidade vizinha de Planalto. A assessoria de imprensa da Diocese de São José do Rio Preto informou que ele não estava celebrando missa no momento em que houve a discussão e reiterou que ele é considerado por sua comunidade como um “excelente padre”, sendo “acolhedor e querido” entre seus fiéis.
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