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Terceirização é golpe de misericórdia na Saúde, diz CRM

Da Redalção - Lucas Bólico

Após décadas de sucateamento, a saúde em Mato Grosso está prestes a receber o golpe de misericórdia com a entrega da gestão dos hospitais regionais às Organizações Sociais (OS), a chamada ‘terceirização’ da saúde. A tese é defendida pelo presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Arlan Azevedo.

Arlan compara a saúde pública às terras produtivas. Para ele, é como se o governo estivesse, por décadas, retirado as riquezas naturais das terras e sucateado-as até que se desvalorizassem, para, em seguida, vendê-las por um valor ínfimo, ou entregá-las de forma gratuita.

“A sensação que nós temos é como a de uma terra que era produtiva e foi sucateada. Deixaram-nas inférteis, secaram o rio até ela valer centavos e depois venderam-nas por baixo valor ou as entregam de graça. O governo, na verdade, está dando um golpe de misericórdia na saúde”, reclama.

Além de ser contra a terceirização, o presidente do CRM ataca a maneira como a proposta está sendo conduzida. “Nós somos contra a forma como isso está sendo feito. A lei sequer passou pelo Conselho Estadual de Saúde”, argumenta.

Outro ponto negativo, de acordo com Azevedo, é o fato de a nova legislação, alterada na assembléia, permitir a contratação das OS sem necessidade de licitação. Para ele, isso facilita irregularidades contratuais e danos ao erário público.
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