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Primeiras impressões: Audi RS5 Coupe

G1

Status e esportividade são os apelos de modelos como o Audi RS5 Coupe. O carro com números “robustos” do motor (4.2 de 450 cv) ao preço (R$ 435 mil) foi projetado justamente para aqueles que podem e gostam de desfilar por aí em uma bela máquina. Ainda mais no Brasil, onde este segmento de luxo tem mostrado crescimento. Somente a Audi vendeu 3.265 unidades em 2010, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).

O design externo apela completamente para o status. As linhas esportivas são limpas, o que deixa o carro discreto - dentro do possível -, diferentemente do irmão mais velho RS8. O RS5 tem presença por onde passa, mas muito mais pelo ronco do motor e pela imponência do conjunto formado pela grade frontal, faróis e as rodas de 20 polegadas, do que pelos 4,64 m de comprimento e 1,86 m de largura.

Por outro lado, o interior conta com todos os "frufrus" que pede um carro esportivo nesse patamar de preço: volante multifuncional forrado em camurça, acabamento em fibra de carbono, bancos tipo concha, borboletas no volante como opção para troca de marchas, retrovisores retráteis com indicador de ponto cego, soleiras das portas em alumínio, vidros com isolante térmico, ar-condicionado automático de três zonas, entre outros detalhes de uma lista extensa de itens de série.

Difícil entrar e sair
Por uma semana, o G1 avaliou o desempenho do carro por ruas de São Paulo e em trajetos de serra no litoral paulista. De cara, percebe-se uma dificuldade: entrar no habitáculo. Como o carro é baixo e o banco curvo, até quem é magro precisa pegar a manha das dimensões da porta para não bater a cabeça ou a perna. Na hora de sair, é ainda mais difícil, já que sentado fica mais complicado. Os mais altos têm mais dificuldade no entra e sai.

Quando já se está devidamente “instalado” no interior do carro, a situação é oposta. O banco “abraça” o motorista, que fica em uma posição muito confortável para dirigir. Aliás, não há dificuldade nenhuma para achar o ponto certo da altura do banco, da distância para os pedais e da visão para os espelhos. Porém, faz falta de um banco totalmente elétrico: os ajustes para as pernas e para o encosto são manuais, o que é de se estranhar em um carro desse preço.

Desempenho e segurança
Ao ligar o motor é que se sente, ou melhor, ouve-se o poder dos 450 cavalos de potência e 43,8 kgfm de torque do carro. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos e a velocidade máxima é controlada eletronicamente a 280 km/h. Isso significa tomar cuidado ao pisar no sensível acelerador. Para conseguir acelerar de verdade só em uma boa reta livre. A vantagem é que logo de cara você pega o jeitão do carro e, sem medo, curte sua principal qualidade, o motor - acompanhado de transmissão S Tronic de sete velocidades.

Além do projeto, o que traz tanta segurança e prazer de dirigir em altas velocidades é o freio sensível e a tração quattro da Audi combinada ao sistema de gerenciamento Audi Dynamic Ride Control, que ajusta suspensão, direção, transmissão e resposta do acelerador. O modo Confort, por exemplo, tem “pegada” mais macia; já no modo Dynamic, a direção fica mais pesada e a suspensão, mais rígida. Neste caso, as trocas das marchas são feitas em rotações mais altas.

Itens de segurança como airbag de cortina, ABS, ESP, controle de cruzeiro, freio de estacionamento eletromecânico, indicador de pressão dos pneus etc, aumentam ainda mais a sensação de confiança.

Por se tratar de um cupê, o banco traseiro não é o melhor lugar do carro, mas a confortável estrutura cumpre bem o seu papel, embora não haja muito espaço para as pernas e o acesso à parte traseira do carro seja estreito. Por outro lado, o porta-malas é bem espaçoso e comporta 445 litros.

Itens que fazem falta
Mas o que realmente falta no carro é um sistema mais prático para controlar o teto solar e para colocar um CD no rádio e aproveitar o som do avançado sistema Bang & Olufsen. Neste caso, é preciso selecionar a opção “inserir CD” para conseguir que o disco entre, o que demora muito. Outro item que faz falta é o GPS.

Para quem tem "pé pesado", a emoção que o ronco do motor possante "justifica" gastar R$ 435 mil no modelo. O esportivo cativa pela facilidade de condução e pela elegante presença. O que, inevitavelmente, faz com que os vizinhos adotem a expressão “o dono (ou a dona) do RS5” como o primeiro nome do proprietário desta máquina.
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