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Notícias / Economia

Aumento no salário de Maggi gera gasto de R$ 29 milhões

Da Redação/Alline Marques

O aumento de 8,32% no salário do governador Blairo Maggi tem gerado um gasto de quase R$ 29 milhões a mais do que estava previsto no orçamento. Isso porque a Lei 9.068, sancionada no dia 23 de dezembro, foi após a finalização do orçamento. Com isso, será preciso realizar toda a recomposição da folha de pagamento, que terá um impacto e alguns concursos públicos previsto poderão ser adiados.

O secretário de Planejamento, Yenês Magalhães, explicou que o aumento no salário do governador possui um impacto cascata para vários setores, isso porque, várias categorias têm seus salários vinculados ao GO chefe do executivo. Porém, ele justifica que nestes seis anos no governo, Maggi só permitiu dois aumentos e atualmente recebe R$ 12.294.

Neste momento de crise, a prioridade do governador é cumprir com o pagamento da folha de pagamento e garantir a viabilidade do concurso na área de segurança pública, bastante cobrado pelos parlamentares no ano passado durante a discussão do orçamento, tanto que foi garantido R$ 24 milhões a mais para a Secretaria de Segurança Pública, através de emendas parlamentares, com intuito de assegurar a realização do concurso para 1000 policiais, sendo 700 militares e 300 civis.

Além disso, a receita do Estado sofrerá um impacto com o corte de R$ 48 bilhões determinado pelo governo Federal no Orçamento Geral da União. Deste total, R$ 37 bilhões são referentes à carga tributária, com isso haverá uma drástica redução no repasse para o Fundo de Participação dos Estados, porém Yenes ainda não sabe de quanto isso representa para Mato Grosso.

Magalhães explicou que em uma reunião coordenada pelo vice-governador Silval Barbosa com a equipe econômica do governo, na semana passada, foi dado o prazo de 15 dias para que os técnicos da Seplan e Sefaz apresentem um relatório com os valores do impacto para o Estado e municípios, além de um posicionamento definitivo da projeção para 31 de dezembro.

“Em cima da arrecadação do primeiro trimestre é possível fazer uma projeção real para o final do ano”, explicou Yenes. Também não há como projetar quais serão os setores mais atingidos com a queda na receita, com certeza os municípios menores passarão por grande dificuldade com a redução no repasse do FPM.

O que se sabe, é que a Educação e Saúde não sofrerão impactos, por terem seus recursos garantidos pela Constituição, que determina o repasse de 25% e 12%, respectivamente.
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