Mato Grosso foi o único estado do país em que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) não conseguiu montar a Comissão Provisória Regional, que será formada para dirigir a legenda em âmbito estadual nos próximos seis meses. A agremiação deveria ter completado o quadro dos participantes da comissão na última sexta-feira (25), na convenção nacional do partido, realizada em Brasília, fato que nãao ocorreu
O senador Pedro Taques (PDT), maior nome da legenda no estado, é a indicação natural para presidir a comissão. No entanto, o congressista não tem conseguido articular a composição da chapa de uma maneira consensual, uma vez que o PDT nacional quer que a comissão abrigue outros grupos e facções que ajudaram a elegê-lo e a consolidar o partido nos últimos anos.
O PDT deverá se reunir ainda esta semana para tentar montar o quadro que irá compor a comissão provisória. Desde o último dia 6, quando a gestão passada encerrou o mandato, o partido está sem comissão.
Independente da composição a ser formada, a comissão, que começará as articulações para a próxima eleição, deverá seguir os três pontos acertados durante a convenção nacional do partido.
O primeiro reza que em município onde o número de eleitores seja a partir de 200 mil, como é o caso de Cuiabá, por exemplo, o diretório municipal deverá se reportar à esfera nacional ao invés do diretório regional.
O segundo ponto acertado na convenção prevê a candidatura própria da legenda em municípios com o número de eleitores a partir de 200 mil. Caso não haja nome, o diretório terá de se justificar ao nacional e pedir autorização para coligações com partidos que compõe a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT).
O terceiro e último ponto a ser seguido é o que veta expressamente coligações com PSDB e Dem. Além dessas deliberações, a convenção nacional reconduziu o ministro Carlos Lupi à presidência do partido. Os deputados federais André Figueiredo (CE) e Brizola Neto (RJ) foram eleitos vice-presidentes da legenda.
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