O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que pensa "a cada manhã ao acordar" no que pode fazer para dar aos funcionários do setor automobilístico e aos demais trabalhadores do país "uma chance".

"Acordo a cada manhã pensando no que posso fazer para dar a vocês e aos trabalhadores deste país uma verdadeira chance de viver o sonho americano", declarou Obama, dirigindo-se aos empregados das grandes montadoras de carros.

"Muitos de vocês já passaram, e ainda passam, por momentos difíceis. Não vou enganar vocês dizendo que os momentos difíceis já são parte do passado, mas posso prometer o seguinte: vou lutar por vocês", garantiu o presidente.

Obama insistiu no fato de que os funcionários do setor automobilístico estão entre "os que mais sofreram da recessão", lembrando que o setor perdeu 400.000 empregos no ano passado.

"Mais de 10% dos moradores de Michigan (norte dos EUA) estão desempregados, mais do que em qualquer outro estado", frisou Obama.

Ao apresentar seu plano para o setor, que inclui ajudas às montadoras e incentivos à compra de carros, o presidente avisou que "tudo não vai melhorar de um dia para o outro". "Vários empregos não poderão ser resgatados. Várias fábricas não poderão reabrir suas portas", advertiu.

"Não há muito que se possa dizer para minimizar a raiva ou a frustração das pessoas cujos meios de sobrevivência se encontram ameaçados por erros que não cometeram", admitiu o presidente.

Obama rejeitou nesta segunda-feira os planos de reestruturação da GM e da Chrysler, e pediu às montadoras que apresentem soluções "viáveis".