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Acusado de farsa, Pieroni deixa DHPP e assume Roubos e Furtos

Da Redação - Julia Munhoz

O delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) foi transferido para a Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá. Ele foi apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos articuladores da suposta farsa sobre a morte do Juiz Leopoldino Marques do Amaral, para beneficiar o empresário Josino Guimarães. Em seu lugar assume o adjunto Antônio Carlos Garcia Matos.

Segundo informações da Diretoria da Polícia Civil, a substituição de Pieroni não acarretará prejuízos às investigações disciplinares, iniciadas pela Corregedoria Geral. Gilmar Dias, corregedor da Polícia Civil, já solicitou os três volumes da investigação produzidos sob o comando do delegado bem como os documentos do MPF que comprovariam a suposta fraude.

A portaria interna que alterou o comando nas duas delegacias foi expedida nesta sexta-feira (01) e os delegados também já tomaram ciência das novas atribuições, informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil.

Pieroni apresentou o pedido de afastamento ao delegado-geral da PJC no início desta semana. Ele foi o responsável pelas investigações envolvendo o presidiário Abadia Paes Proença, que teria afirmado a possibilidade de o juiz Leopoldino, assassinado em setembro de 1999, ainda estar vivo e morando na Bolívia.

Em depoimento a Polícia Federal, o presidiário afirmou ter sido procurado pelo delegado na prisão. Com os depoimentos de Abadia e sua esposa Luziane Pedrosa da Silva, o MPF concluiu que as investigações comandadas por Pieroni não passaram de uma farsa para beneficiar Josino, acusado de ser o mandante da execução de Leopoldino, que será julgado ainda este ano.

As investigações da DHPP foram anuladas mediante determinação do juiz Federal Paulo Cezar Alves Sodré e, após a ‘reviravolta’ envolvendo o delegado, a Corregedoria da Polícia Civil recolheu os três volumes de inquérito produzidos por Pieroni e cópia da decisão da Justiça Federal.


Atualizada às 16h00
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