O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse neste sábado em Belo Horizonte, ao participar do II Encontro de Governadores do partido, em um hotel da capital mineira, que o PSDB vai adotar um tom de "oposição forte" ao governo da presidente Dilma atacando, o que para ele, é uma das principais características do PT, o inchaço da administração pública.

"O PT tem uma visão diferente da nossa. Nós achamos que um partido político deve estar a serviço de um Pais, o PT acha que o correto é colocar o Pais a serviço de um partido," cutucou. "Como se pode falar em 40 ministérios, é uma perversa lógica", disse.

Para o ex-governador mineiro, só o fato do PSDB "estar disposto a se reunir" para discutir o futuro da sigla já é um bom sinal de "construção de um discurso mais vigoroso do PSDB, em especial na área social. (...) Eu concordo com o presidente (do partido) Sérgio Guerra quando ele diz que nós pecamos na comunicação, nós não temos demonstrado uma grande capacidade de comunicar e de mostrar diferenças entre a concepção de gestão pública eficiente que nós temos com o Estado inchado do governo federal".

"Nós temos hoje oito governadores de Estado, nós governamos 50% do PIB e 50% da população brasileira, isso não é pouca coisa. E governamos bem. Os resultados dos governos do PSDB são um contraponto à ineficiência da máquina pública federal. Eu acho que a partir dessas conversas nós vamos encontrando o caminho de fortalecer a nossa ação de oposição, essa é a nossa responsabilidade que nos foi delegada pela população brasileira e vamos fazer isso sem adjetivos. Uma oposição que fiscalize, que acompanhe e que cobre as ações do governo".