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Conselho de Ética pretende falar com ministro do STF sobre Jaqueline Roriz

G1

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do processo de cassação contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), pretendem conversar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa sobre o caso que envolve a parlamentar do PMN.

Barbosa é responsável pelo inquérito que tramita no STF e investiga possíveis irregularidades praticadas por Jaqueline Roriz, que aparece em vídeo, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

O Conselho de Ética da Câmara aguarda autorização de Joaquim Barbosa para ter acesso aos autos do inquérito que tramita no Supremo. A data do encontro com Joaquim Barbosa ainda não foi marcada.

Além de conversar com o ministro do STF, os deputados devem marcar um encontro com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, com o mesmo objetivo de estabelecer contato e reforçar as intenções do Conselho em conduzir com seriedade as investigações na Câmara.

Jaqueline Roriz não aparece para trabalhar na Câmara há pouco mais de um mês. Os advogados da deputada já apresentaram defesa ao pedido de investigação protocolado pelo PSOL na Corregedoria da Casa.

No último dia 28, o advogado da deputada, Eduardo Alckmin, pediu o arquivamento do procedimento instaurado na Corregedoria da Câmara contra a parlamentar (veja vídeo acima). Resta ainda apresentar os argumentos da defesa para o pedido de cassação que tramita no Conselho. A deputada tem o prazo de cinco sessões ordinárias para elaborar os argumentos ao colegiado.

“A defesa sustenta que a representação junto ao corregedor já está prejudicada porque já foi ofertada uma representação direta ao Conselho de Ética. E aí já não tem mais sentido qualquer investigação aqui, uma vez que o mesmo fato já objeto de um processo disciplinar no conselho”, disse Alckmin na semana passada.

Verba de gabinete
Nesta terça-feira (5), vence o prazo concedido pela Corregedoria da Casa para que Jaqueline volte a se defender, desta vez sobre as denúncias de que teria utilizado dinheiro da verba de gabinete para alugar uma sala comercial de propriedade do marido, Manoel Neto. A investigação foi solicitada pelo PSOL em um aditivo protocolado na Corregedoria.

Depois de receber a defesa de Jaqueline é que o relator pretende dar início a um conjunto de sessões que terá o objetivo de ouvir personagens do escândalo de corrupção em Brasília. O pivô do esquema, Durval Barbosa, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e até o pai da deputada do PMN, Joaquim Roriz, são nomes que poderão ser convidados a falar.
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