O deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) destaca a relevância do Projeto Norte Competitivo, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que, certamente, acredita, resultará em efeitos positivos para o Estado de Mato Grosso e para o Brasil.

Fundamental por fortalecer o desenvolvimento socioeconômico de toda uma região, segundo o deputado, o projeto traça um diagnóstico pormenorizado de problemas que afetam os modais de transportes, incluindo ferrovias, hidrovias, rodovias, dutovias, portos e aeroportos.

Além disso, descreve as obras que, na visão do setor industrial, são essenciais para favorecer o transporte de cargas, reduzindo, como consequência direta, os custos de escoamento da produção e aumentando a competitividade dos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

No estudo foi feito o mapeamento da infraestrutura atual, acrescido de levantamento sobre produtos estratégicos da balança comercial e reunidos em cadeias produtivas, com polos de produção atuais e futuros. Conforme Bezerra, o levantamento revelou-se, ainda, de grande riqueza analítica, por apresentar detalhada projeção por Estado, por mesorregião e por município para cada um dos produtos nas 16 cadeias produtivas até 2030.

“Com a apresentação de eixos de integração caracterizados como prioritários, o Projeto Norte Competitivo claramente aponta para uma estimativa de economia no custo de logística total da Amazônia Legal e mostra que o investimento total previsto - cabe frisar - seria pago em poucos anos com os valores obtidos”, ressalta o parlamentar.

Ao mesmo tempo em que relaciona projetos para os vários corredores da região amazônica, o estudo identifica os gargalos atuais e prevê - se nada for feito em termos de investimentos em infraestrutura logística - futuros problemas, sobretudo no que se refere ao padrão de competitividade almejado.

Nesse sentido, ele menciona a preocupante deterioração na qualidade de estradas, e com negativos reflexos na velocidade média dos transportes, o que acarretaria sensível redução na própria capacidade de movimentação de produtos. “Diante desse cenário, faço o seguinte questionamento: por que dizer não ao investimento e sim ao atraso socioeconômico?”, observa Bezerra.

O deputado lembra ainda que o aprofundamento em investimentos também trará como benefício uma verdadeira ampliação no potencial de utilização de corredores internacionais, incluindo vários países.

“De fato, o que está em jogo, com os investimentos em infraestrutura logística aqui defendidos com veemência, é o conceito amplo de integração, seja entre os Estados que fazem parte da Amazônia Legal, seja do Brasil com países limítrofes”, disse.