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‘Depilei o braço para o Bono assinar’, diz fã antes do show do U2 em SP

G1

Fã de carteirinha que se preza mantém as esperanças mesmo quando tudo dá errado. A gerente administrativa Daniele Studzni, de 22 anos, deixou Criciúma, interior de Santa Catarina, de ônibus junto com a prima, a desenhista Jéssica Sartor, também de 22 anos, às 16h de sexta-feira (8). Depois de 13 horas de viagem, chegaram a São Paulo às 5h da madrugada deste sábado. Às 15h, caminhavam no entorno do estádio do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, onde pretendiam assistir ao show da banda irlandesa U2, com início previsto para as 20h.

“Sou fã do U2 desde sempre, desde que me conheço por gente. Até depilei o braço para o Bono assinar. Tenho que dar um jeito de ser chamada por ele para subir no palco”, disse, esbanjando animação ao mesmo tempo que estendia o braço direito com a pele alva, característica típica das catarinenses.

Apesar da empolgação, as primas sequer tinham ingressos, por volta das 15h15, para acessar o interior do estádio. Ao chegarem ao Morumbi, elas compraram entradas – falsificadas – com um cambista. “Compramos 3 ingressos. Pagamos R$ 300 cada um. Fomos tentar entrar e nos disseram que eram falso. Entregamos para a polícia. Eles disseram que se encontrarmos o cambista que podem tentar recuperar o dinheiro. Estamos andando para tentar achar o cambista ”, disse Jéssica.

Mesmo com o contratempo, elas não pretendiam retornar para Criciúma sem ver os ídolos. “A gente vai tentar dar um jeito de entrar hoje”, garantiu Jéssica. “Se não conseguirmos, vou dormir na frente do estádio para ver o show de amanhã. E se não conseguir novamente, vou para Buenos Aires (capital da Argentina) para ver o show lá. Em 2006, meu pai não deixou assistir porque eu era menor. Agora, não vou perder a chance”, prometeu Daniele.

Aliás, para ver o show do U2 vale até atravessar o país. Os amigos Márcio Castro, de 32 anos, Garcia Júnior, de 34 anos, e Bruno Garcia, de 29 anos, saíram de Macapá, no Amapá, às 23h de quinta-feira (7). Fizeram escalas em Belém, no Pará, em Fortaleza, no Ceará, até desembarcarem finalmente em Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na noite desta sexta-feira.

“A experiência é única. O show vale pela música, pela mensagem que elas transmitem, pelo público. Vim assistir ao show de 2006 e fiz questão de voltar para ver este”, afirmou Castro, professor universitário que nas horas vagas toca contrabaixo em uma banda que faz cover da banda irlandesa.

De Brasília, o advogado Édson Antonio Araújo, de 51 anos, por exemplo, arrastou a família toda – a mulher, três filhos e até o genro – para assistir ao show em São Paulo. O início da tietagem ao grupo, no entanto, teve início graças a mulher dele, Lúcia Alves. “Eu que influenciei todo mundo para ouvir o U2. Agora todo mundo é fã, até o genro”, gabou-se.
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