A operação iniciada nesta sexta-feira (8) na Galeria Pagé, tradicional centro popular de compras na região da 25 de Março, centro de São Paulo, deve continuar neste domingo (10). Cerca de 250 agentes da Vigilância Sanitária, das polícias, GCM (Guarda Civil Metropolitana) e Receita atuam no combate à pirataria, contrabando e sonegação fiscal na região.

Neste sábado (9), guardas tentavam convencer os lojistas a abrirem seus boxes para que o efetivo pudesse dar continuidade à operação, informou a Agência Estado.

Alegando que a Guarda Civil não tem poder de interferir e realizar esse tipo de ação dentro de um patrimônio privado, ainda mais quando não dispõe de um mandado judicial, o advogado dos lojistas, Ederson Blanco, recomendou aos clientes que não entrassem no prédio.

- Eles não têm autoridade para realizar esse tipo de ação e nem possuem em mãos um mandado judicial.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança Urbana, a operação foi realizada normalmente hoje.

Ontem, a Vigilância Sanitária interditou um local por falta de higiene. Cerca de 460 estrangeiros que trabalham na galeria foram identificados, sendo 48 encaminhados à Polícia Federal para averiguação e 16 detidos por problema de documentação.

Um rapaz foi preso por tentar fugir com uma enorme quantidade de celulares presos ao corpo.

Os agentes apreenderam ainda 60 sacos de produtos ilegais em posse de mais de 40 clientes. Eles carregavam relógios, óculos, bolsas, tênis, equipamentos eletrônicos, entre outros itens, sem notas fiscais. Os produtos foram encaminhados aos depósitos da Subprefeitura da Sé.