O escocês David Taylor, secretário-geral da Uefa, anunciou ontem que a entidade europeia vai apresentar nos próximos dias provas de que um clube, que não foi identificado pelo dirigente, está envolvido em apostas ilegais. O anúncio foi feito em entrevista coletiva ao lado do presidente da Uefa, o ex-jogador francês Michel Platini, ao término do congresso do organismo, em Copenhague (Dinamarca).

O evento discutiu as apostas ilegais e a promoção de medidas para assegurar a saúde financeira dos clubes. A Uefa anunciou a criação de um sistema para tentar controlar 26 mil jogos das duas principais divisões e das copas de cada país, assim como a nomeação de mais dois inspetores para reforçar a fiscalização de atividades fraudulentas nos clubes.

"Serei muito firme com os impostores, iremos até o fim", comentou Platini, que admitiu a complexidade do problema e a dificuldade para encontrar provas adequadas para um tribunal. Platini também mostrou apoio às palavras do suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, que defendeu a autonomia do futebol na luta contra o doping e pedindo respeito à vida privada dos esportistas.

O presidente da Uefa qualificou de "decisão equivocada" a norma da Agência Mundial Antidoping que estabelece que os esportistas devem informar o seu paradeiro por pelo menos uma hora ao dia para serem submetidos a exames antidoping surpresa. A entidade também oficializou a troca do nome da Copa da Uefa para Liga Europa a partir da próxima temporada.