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Bolsonaro entrega nesta quarta defesa à Corregedoria da Câmara

G1

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou nesta terça-feira (12) que vai entregar sua defesa à Corregedoria da Câmara em processo em que é investigado por racismo e homofobia nesta quarta-feira (13), último dia de prazo.

Bolsonaro é alvo de quatro pedidos de investigação na Casa, todas por suposta prática de racismo e homofobia. Em um programa da TV, em resposta à apresentadora e cantora Preta Gil , o deputado do PP classificou como "promiscuidade" a possibilidade de seu filho se relacionar com uma mulher negra.

Na mesma entrevista, o deputado fez também ataque a homossexuais e disse que torturaria seu filho se o pegasse fumando maconha.

No dia 6 de abril, o deputado do PP foi intimado pela Corregedoria da Casa a apresentar defesa. O prazo para a entrega dos argumentos vence nesta quarta. Bolsonaro diz já ter delineado o roteiro da sua defesa.

Entre os argumentos que pretende apresentar ao corregedor da Casa para rebater a acusação de racismo, o deputado do PP vai dizer que “se equivocou” ao interpretar a pergunta que lhe foi feita sobre a possibilidade de seu filho se relacionar com uma mulher negra.

Para exemplificar outros equívocos já praticados por parlamentares, Bolsonaro vai citar o ex-ministro José Dirceu e o episódio da “PEC da volta da escravatura”, proposta de emenda à Constituição fantasiosa que chegou a ser assinada por cerca de 100 parlamentares, em 1993.

“Quando o Zé Dirceu erra é irônico. Quando eu erro é racismo? Para mim, não vale eu me equivocar? Só vale para os outros? O Zé Dirceu assinou, o Geraldo Alckmin assinou, 54 deputados assinaram”, disse.

Bolsonaro afirmou que vai convidar Dirceu como etstemunha, caso o corregedor da Casa, Eduardo da Fonte (PP-PE), decida enviar o seu caso ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Além do ex-ministro, Bolsonaro diz que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) já teria se comprometido a testemunhar em seu favor na Câmara.

Homofobia
Sobre a acusação de homofobia, o deputado do PP não pretende voltar atrás nas declarações e afirma que é contra a proposta do governo federal de realizar campanhas de conscientização sobre homossexualidade nas escolas. Bolsonaro afirma que “nenhum pai quer ter um filho homossexual” e que “teria vergonha” de ter uma filha lésbica ou um filho gay.

“Eu teria vergonha na cara de ter uma filha lésbica, um filho gay. Duvido que um pai quer ter um filho homossexual. Para mim, é igual à morte: morreu um filho meu”, disse Bolsonaro.
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