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Aulas na UnB são retomadas após estragos provocados pelas chuvas

G1

A Universidade de Brasília retoma as aulas nesta quarta-feira (13) no campus Darcy Ribeiro, cujo prédio principal ficou alagado em razão das fortes chuvas do último domingo (10), na capital federal. Os alunos não vão circular em todo o prédio, porque uma área do subsolo do Bloco B continua interditada pela Defesa Civil.

A área interditada é onde ficam a pós-graduação das ciências sociais, a TV e a Rádio Universitária. Dos oito anfiteatros, somente três sofreram danos: os anfiteatros 15, 16 e 19. O subsolo do Bloco B encontra-se parcialmente interditado: a partir da Pós-Graduação em Sociologia, até o final do prédio, envolvendo a Rádio UnB, o Centro de Produção Cultural e Educativa (CPCE), os PPGs de Administração e Economia, o Centro de Informação Geográfica Milton Santos, o Instituto de Ciências Humanas, a empresa júnior AD&M e os Centros Acadêmicos (CAs) de História, Geografia e Filosofia.

Os edifícios onde ficam a biblioteca central e o restauante universitário não foram atingidos pelas chuvas e vão funcionar normalmente.

Na terça-feira (12), os poucos alunos autorizados a entrar no prédio ajudaram na limpeza. Eles empilharam móveis e equipamentos danificados nos corredores.

O prefeito do campus Darcy Ribeiro, Paulo César Marques, espera concluir o levantamento dos danos em uma semana, mas ainda não há previsão de obras. "Em uma semana, a gente espera concluir esse levantamento e elaborar projetos para indicar onde serão as obras", explica.

O Ministério da Educação (MEC) prometeu ajudar na recuperação da UnB. “Assim que eles definirem o valor necessário, nós vamos estar reunidos para aportar recursos do Ministério da Educação”, disse Luiz Cláudio Costa, secretário de educação superior do MEC.

Muito material de pesquisa ficou destruído pela enchente. A doutoranda mexicana Elena Nava ainda tem esperança de recuperar a pesquisa que fez em tribos indígenas. Os dados estão no computador molhado. “Tinha dados de um ano e três meses de trabalho de campo, feitos no estado de Guarraca, no México, e em Roraima, aqui no Brasil. Eu não sei se vou perder”, lamenta.

Já o professor de geografia Rafael Sanzio Araújo diz que o Centro de Cartografia da universidade foi praticamente todo destruído. “Perdemos 100% de equipamento, 100% do acervo, 100% dos arquivos digitais que estavam nas máquinas, porque elas foram destruídas”, afirma.

A prefeitura diz que vai divulgar hoje à noite, no site da universidade, as salas para onde serão transferidos os alunos da graduação que tinham aula na área interditada. Já os alunos da pós-graduação, que também usavam essa área, devem procurar os coordenadores dos cursos para saber onde serão os novos locais de pesquisa
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