Imprimir

Notícias / Brasil

Após ataque, mãe quer se matricular em escola para ajudar a filha

G1

Para garantir que a filha que estuda no sexto ano da Escola municipal Tasso da Silveira esteja segura, a costureira Rosângela da Costa Cruz, de 46 anos, resolveu voltar a estudar. “Vou regredir para acompanhar minha filha, a pedido dela mesmo, que falou: ‘mãe volta, me ajuda, eu quero que você volte’, conta a mãe de Lorraine Cruz, de 15 anos. Rosângela diz que não chegou a terminar os estudos, mas diz que pretende retomá-los para ajudar a filha.

A unidade de Realengo foi vítima de um atirador no dia 7. No ataque, 12 crianças morreram e outras 12 ficaram feridas.

Além de Rosângela, outros pais participaram de uma reunião nesta quinta-feira (14) com professores e o diretor da escola. A segurança foi o ponto alto da reunião, que durou cerca de uma hora. Segundo os pais, uma das decisões tomadas seria de que a Guarda Municipal faria segurança permanente na unidade, mas, procurada pelo G1, a assessoria da Guarda não confirma essa informação.

A tragédia na escola também marcou Alice Adão de 11 anos, filha da dona de casa Elaine Adão. No entanto, apesar de ter dormido mal nos dois primeiros dias, a menina agora quer voltar logo a estudar. “Ela só está preocupada se vai repetir. Já conversamos e eles estão mesmo preocupados com a cabecinha das crianças”, disse Elaine.

Os pais que estiveram na reunião contaram ainda que alguns seguem com receio de retornar as aulas. Ainda segundo os pais, uma das salas atacadas será transformada numa biblioteca e a outra será reservada para crianças com necessidades especiais.

Readaptação deve levar três semanas
As aulas, no entanto, serão retomadas gradativamente em até três semanas. Nos primeiros dias, a previsão é que os alunos participem apenas de atividades lúdicas e as turmas voltem às suas rotinas aos poucos.
Imprimir