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Peão que morreu se destacou em prova, diz diretor de rodeio

G1

O diretor do Rodeio de Bragança Paulista, Mauro Ferreira de Lima, afirmou que o peão Gustavo Daniel Pedro, de 21 anos, morto após ser pisoteado por um touro durante uma apresentação, havia se destado na sua última montaria na noite de quarta-feira (13), no município do interior de São Paulo. O peão chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital, na madrugada desta quinta-feira (14).

“Ele ficou cerca de sete segundos em cima do touro. Ele estava muito bem na montaria. Ele se destacou e chamou a atenção. De repente, o touro entrou em uma roda contrária e em fração de segundos o derrubou”, disse Lima ao G1 na tarde desta quinta-feira. De acordo com o diretor do rodeio, que participa da comissão da festa organizada pela prefeitura, após cair o peão ainda conseguiu ficar de pé.

Lima afirmou que o jovem utilizava os equipamentos de segurança e que foi prontamente socorrido por uma ambulância que fica de plantão próximo à arena. “Foi um acidente de trabalho. Montar é arriscado. Todos os peões têm um termo de responsabilidade assinado antes de participar de rodeios”, declarou.

Investigações
O delegado seccional de Bragança Paulista, Fernão Dias da Silva Leme, também declarou que Gustavo estava com o “paramento de segurança completo”. “Um inquérito policial será instaurado para verificar se não houve responsabilidade criminal, mas, para mim, não é nada mais do que um acidente de trabalho”, disse Leme.

Amigo de infância de Gustavo, Rodrigo César Batista, de 24 anos, afirmou estar desolado com o que aconteceu. Ele sempre acompanhava o amigo nos rodeios desde que ele começou a participar de rodeios profissionais. Na quarta-feira, por causa do trabalho, Batista não pôde vir a Bragança. Gustavo ia montar no domingo (10), mas, por causa da chuva, a sua montaria foi transferida para a noite de quarta. A última vez que conversou com o amigo foi na tarde que antecedeu o acidente. “Ele estava empolgado, ia estrear uma camisa nova. Eu não perdi um amigo. Foi o meu irmão que morreu”, afirmou.

Em nota, a Sâmor Promoções Artísticas, organizadora do rodeio, afirmou que considera a morte de Gustavo uma “fatalidade”, inerente ao risco da montaria. Segundo a empresa, todos os peões contam com um seguro contra a morte e invalidez. “Independente disso, a família [do peão morto] está sendo completamente assistida em todas as despesas relativas ao funeral”, informa o comunicado.
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