Cuidar do gelo e das geleiras é quase que uma obrigação sagrada. Na terra do Glaciar Perito Moreno na Patagônia Argentina, um museu pretende, além de mostrar a importância das geleiras em nossas vidas, ser um centro de divulgação. Ele reúne material com explicações técnicas e descobertas científicas.

“Por detrás de todas as informações que temos no museu, há uma equipe de glaciologistas, alguns com mais de 40 anos de pesquisas na Patagônia. Além do museu, o projeto pretende financiar novas pesquisas sobre as geleiras”, destaca o diretor do Museu do Gelo da Patagônia, Luciano Bernacchi.

O Museu de Gelo é também um espaço de reflexão. Entre tantas fotografias e informações sobre os glaciares, um relógio nos faz pensar sobre o tempo e no quanto ele é curto. A exposição de imagens de tragédias, consequência do avanço da mudança no clima, está presente para provocar.

“Depois de oito minutos caóticos, com imagens sobre mudanças climáticas, a pessoa se sente chocada com o que acaba de ver. E esta é a intenção: fazer com que as pessoas parem e pensem e reflitam. Às vezes, é necessário que os países mudem, mas a mudança tem que começar por nós mesmos”, aposta o guia Francisco Bosso.