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Mulher Filé relata momentos de pânico em assalto a escritório no Rio

G1

Um dia após sofrer um assalto e ficar diante de três homens armados com pistolas, a funkeira Yani de Simone, conhecida como Mulher Filé, relatou nesta terça-feira (19) os momentos de pânico e apreensão vividos. Ela disse que esse foi o segundo assalto em menos de dois meses.

A dançarina, de 22 anos, e outras 11 pessoas estavam no escritório de seu empresário e de outros artistas, quando foram surpreendidas pelos assaltantes. O crime aconteceu na Travessa Cacilda Rodrigues, na Penha Circular, na Zona Norte da cidade.

Ela relembra que 10 minutos após chegar ao escritório, os assaltantes entraram no local com um funcionário refém. “Eles gritaram: 'a gente vai esculachar, tô doido pra matar um hoje, todo mundo no chão e com as mãos pra cima'”, contou a jovem que teve a bolsa, o celular e R$ 3 mil em dinheiro roubados.

Hipótese de assalto encomendado
No escritório, o trio roubou ao todo cerca de R$ 20 mil, além de um laptop. Yani acredita que o assalto foi encomendado e que os homens sabiam que segunda-feira era o dia que os funkeiros se reuniam no local para acertar os pagamentos dos shows realizados no fim de semana. Após o assalto, ela falou que o seu empresário vai procurar outro endereço para o escritório.

“Está todo mundo traumatizado. Acho que foi bagulho mandado, eles sabiam que as pessoas estavam com dinheiro e que eram valores altos. Eu ainda fui reconhecida pelos criminosos que falaram: 'Filé, fica calma, não vamos fazer nada com você, não era nem para você estar aqui'”, falou Yani.

Após o roubo, os homens trancaram as vítimas no banheiro, menos a funkeira. Ela conta que pediu para ser liberada, já que sofre de claustrofobia (aversão a lugares fechados). Após o segundo assalto, a Filé diz que não vai mais andar sozinha e só vai sair à noite para os shows acompanhada de seguranças.

“Eu ainda estava me recuperando do primeiro assalto e fui surpreendida por esse outro. Fiquei o tempo todo de cabeça baixa, de olhos fechados, com medo que eles achassem que eu estava gravando a cara deles. A partir de agora, vou ter mais precaução quando estiver na rua”, disse ela, que registrou queixa na 22ª DP (Penha).

Policiais da delegacia informaram que já pediram imagens das câmeras de estabelecimentos vizinhos ao escritório para ajudar nas investigações.

Agredida em assalto em Duque de Caxias
Na madrugada de 22 de fevereiro, Yani contou que ela e uma de suas dançarinas foram agredidas. Os ladrões levaram celulares, seu carro e cerca de R$ 1 mil em dinheiro. Elas foram fechadas por um carro na Avenida Presidente Kennedy, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

“Eles acharam que a gente ia levantar a cabeça para ver o rosto deles. Eles bateram na minha cabeça, um estava com a arma apontada para mim. Quando o da frente virou armado também, fechei os olhos e comecei a orar”, contou ela, na ocasião.
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