O que antes era um ponto fraco de um rival, hoje virou um defeito de seu time. Se antes Muricy Ramalho se aproveitava das falhas do sistema defensivo do Santos, a missão agora é tornar a equipe mais equilibrada em campo. E esse problema ele tentará resolver pouco a pouco, como na partida das 21h50 desta quarta-feira, contra o América-MEX, pelas oitavas de final da Taça Libertadores. O jogo será transmitido pela TV Globo somente para a Baixada Santista.

Muricy está há menos de um mês no Peixe. Em cinco partidas, a equipe marcou nove gols e sofreu apenas três. Em campo, o time também apresenta mais “pegada”, com Paulo Henrique Ganso e Elano mais preocupados em ajudar na marcação, além das funções de abastecer o ataque. Neymar também marca a saída de bola do adversário.

Apesar das características comuns das equipes comandadas por Muricy, o treinador rejeita a ideia de que o time tem a sua identidade.

- Esse negócio de cara e família eu não acredito muito. Meu negócio é profissional. Sou determinado no que venho fazer. Tenho ideias, passo aos jogadores, e às vezes o atleta não está fazendo gols, mas está trabalhando para o time. Acho que o Santos tem isso, tem qualidade individual, mas às vezes deixava a desejar na equipe. Não estou transformando ninguém em um grande marcador nem nada. Só que como joguei muito contra o Santos, sabia que vindo atrás tinha chances de ganhar – disse Muricy, lembrando que antes da sua passagem pelo Peixe, o time dava muitas brechas aos rivais.

O treinador alvinegro também comentou sobre a sua situação no clube. Apesar do pouco tempo de casa, ele afirmou que está bem adaptado ao Alvinegro.

- Estou à vontade, o ambiente é bom e eu me adapto rápido aos lugares. É fácil conviver comigo também porque não tenho manias nem sou radical. Só gosto de um time bem organizado, com disciplina e de mostrar que vivemos de vitórias. Os jogadores que têm de fazer a diferença continuam fazendo. Quem tem de ajudar um pouco mais, ajuda.