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Notícias / Meio Ambiente

Produtores têm receio quanto ao PSA e dizem não querer esmolas

Da Redação/Thalita Araújo

“Os produtores não querem esmolas”. Essa frase foi dita pelo produtor rural Ricardo Arioli, vice-presidente Oeste da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, Aprosoja/MT, durante debate no fim da manhã desta quinta-feira, 02, no Katoomba Meeting.

Representando o setor produtivo, Ricardo expôs o receio que o produtores ainda têm em relação ao Pagamento de Serviços Ambientais, PSA, assunto bastante debatido durante os dois dias de paineis e debates do Katoomba. Ele reconhece a importância do mecanismo, mas elenca alguns pontos que ainda não são bem vistos pela classe.

Dentre os receios apontados por Ricardo, estão a baixa avaliação dos ativos ambientais, que o PSA não chegue aos produtores, que a produção acabe migrando para países sem preocupações ambientais, que não haja valorização dos ativos legais, o custo da reconversão em Mato Grosso, caso o direito adquirido não seja respeitado, e a ética do PSA.

O produtor aponta que a classe será paga para não aumentar a área de produção, mas em um mundo que está precisando cada vez mais de alimentos. Ele questiona se isso seria ético e diz que os produtores estão cansados de sofrer acusações. “Os produtores são parte da solução, e não parte do problema”, desabafa.

O painel do qual Ricardo Arioli participou foi o “Iniciativas sub-nacionais de REDD, desafios e oportunidades”, no qual os debates ficaram centrados nas discussões sobre o Pagamento por Serviços Ambientais.
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