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Bebê que teve perna amputada tem alta no Rio

G1

Após ficar mais de dois meses no hospital, a menina que teve a perna amputada, voltou para casa nesta sexta-feira (29). O bebê estava no Instituto Fernandes Figueira (IFF), na Zona Sul do Rio, desde o nascimento. A criança nasceu com quadro de hidranencefalia grave - acúmulo de líquido na cabeça no lugar de parte do cérebro. As informações são do Instituto Fernandes Figueira (IFF), onde ela estava internada.

Segundo parentes, ela teve a perna queimada por um equipamento durante uma neurocirurgia realizada em março. De acordo com a nota divulgada pelo hospital nesta sexta, o bebê continuará recebendo acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

Problema em placa
A família acusa os médicos do IFF de causarem a amputação da perna do bebê. Na época do ocorrido, a criança tinha nascido há pouco mais de 15 dias.

“Os médicos falaram que tinha uma placa de ferro embaixo da perninha da menina e que não deveria passar corrente por essa placa. Eles só perceberam que a placa estava ligada quando o aparelho apitou. Eles desligaram o aparelho, mas só depois, quando tiraram o pano que cobria a neném é que eles viram a queimadura”, contou Maria da Penha do Nascimento, avó da criança.

Posição do hospital
Em nota, o Instituto Fernandes Figueira informou que "durante a cirurgia, a equipe observou a ocorrência de uma queimadura na região proximal da perna direita, onde havia sido colocada a placa para utilização do bisturi elétrico, procedimento padrão nesses casos. O evento, que causou alterações de fluxo sanguíneo no membro lesionado, foi imediatamente notificado à direção do Instituto, que iniciou investigação para apurar as causas do ocorrido”.

Segundo os familiares, no dia 4 de março, um especialista esteve na unidade para acompanhar o caso da menina. Foi ele quem indicou que a menina deveria ter a perna amputada, disse a avó.

Quadro de saúde é estável

A amputação aconteceu em 7 de março. : “Minha filha começou a gritar, pedindo para os médicos não cortarem a perninha dela”, disse Maria da Penha. “Foi muito difícil. Meu mundo acabou”, conta Karen Caroline Nascimento da Silva, mãe da criança.

Lesão corporal
O caso foi registrado na 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, no dia 2 de março – um dia após a cirurgia onde o bebê teve a perna queimada - foi registrada uma ocorrência de lesão corporal. Na ocasião, o delegado intimou os dois médicos que participaram da cirurgia a prestar depoimento.
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