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Higiene das mãos e do ambiente ajudam a evitar conjuntivite nas empresas

G1

Quando surge ardência, coceira e secreção nos olhos, uma coisa é quase certa: o funcionário não deve ir para o trabalho. Os sintomas podem indicar conjuntivite, doença altamente contagiosa quando provocada por vírus ou bactéria. Muitas empresas no Brasil tem lidado com o problema devido a um aumento de casos da doença nos últimos meses. As cidades do interior e as litorâneas são as que mais registram surtos. Em São Paulo, foi detectado no início de fevereiro um aumento da incidência de conjuntivite provocada por vírus com alto poder de contaminação. De 1º de fevereiro até 27 de abril, 326.324 notificações da doença foram registradas pela Coordenação de Vigilância em Saúde da prefeitura. Por não ser considerada uma doença maligna, os casos de conjuntivite não são de notificação obrigatória para o governo federal, informou o Ministério da Saúde.

A primeira recomendação quando aparecem os sintomas de conjuntivite é o afastamento do funcionário. Segundo Michel Daud, médico e diretor de saúde da empresa Vivo, é recomendado até uma semana de tratamento para o trabalhador se recuperar. “Pode ocorrer um surto no local de trabalho caso um infectado contamine o ambiente”, afirma Daud. A conjuntivite pode ser transmitida através de objetos contaminados ou pelo contato com pessoa infectada.

Apesar do alto poder de contágio, é possível prevenir a propagação da conjuntivite numa empresa. As principais recomendações são manter o ambiente higienizado - com reforço na limpeza das maçanetas das portas, telefones, mouses e teclados -, e orientar as pessoas para realização de higiene própria. Segundo Michel Daud, o ideal é lavar as mãos de 10 a 15 vezes ao dia para evitar o contágio. “Costumamos brincar que as pessoas devem ser um pouco mal educadas, evitando dar muito as mãos durante o expediente de trabalho”, completa Daud. O uso de álcool em gel pode ser outra forma de prevenção.

O tratamento da conjuntivite consiste na limpeza dos olhos com água limpa ou soro fisiológico. A pessoa que apresentar os sintomas pode realizar o diagnóstico com um clínico geral. A consulta com um oftalmologista é recomendada apenas em casos de resistência ao tratamento pelos germes causadores da inflamação nos olhos, diz Michel Daud. As pessoas infectadas devem ter o cuidado de não coçar os olhos, lavar com frequência o rosto, separar objetos de uso pessoal (toalha, fronha, material de maquiagem), evitar banho em piscinas e locais com aglomeração de pessoas.
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