Imprimir

Notícias / Política MT

Henry acusa promotor de ameaçar servidores; Ministério Público reage

Da Redação - Julia Munhoz

O secretário de Saúde Pedro Henry (PP) se mostrou incomodado com as recentes intervenções do Ministério Público Estadual (MPE) com relação a distribuição de medicamentos e acusou o promotor de Justiça Alexandre Guedes de agir por motivações pessoais. Nesta semana o promotor teria visitado de ‘surpresa’ a Farmácia de Alto Custo e, segundo o progressista, ameaçado servidores.

“O promotor Alexandre Guedes ameaçou servidores. Ele não tinha direito de entrar sem mandado judicial. Aquilo lá (farmácia) não é a casa dele”, asseverou o secretário durante coletiva realizada na tarde desta terça-feira (3). A contrariedade foi tamanha que ele diz ter protocolado representação contra o promotor na Procuradoria Geral do Estado (PGE) por suposto abuso de poder.

Henry ressaltou ainda que irá se reunir na tarde de hoje com o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira, o procurador geral do Estado, Jenz Prochnow, e o auditor geral, José Alves Pereira, para que haja um ‘acordo’ entre os poderes.

Segundo o secretário, Alexandre Guedes exigiu dos servidores da Farmácia de Alto Custo para entrar no local com uma máquina fotográfica sem mandado judicial, inclusive, sob ameaça de prisão das servidoras.

Outro Lado

O promotor Alexandre Guedes lamentou as declarações do secretário e se limitou a lembrá-lo de que o MP tem autorização para entrar em qualquer repartição pública sem autorização judicial.

“Lamento que estejamos perdendo tempo com essa discussão quando a população sofre por falta de medicamentos. Por um lado falta remédios e por outro muitos medicamentos estão sendo incinerados”, disse o promotor em entrevista ao Olhar Direto.

Sobre as acusações de que estaria agindo com motivações pessoais, Guedes pontuou que está à frente da promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, da Comarca de Cuiabá, há seis anos e nunca teve qualquer tipo de problema com secretários de Saúde, seja Estadual ou Municipal.

“E nunca foi proibida entrada do Ministério Público em qualquer lugar. Ele (Henry) precisa esclarecer o porque o MP não pode entrar na Farmácia de alto Custo”, finalizou.
Imprimir