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Notícias / Economia

Lenovo diz que momento não é propício a fusões e aquisições

Terra

Agora não é um bom momento para procurar por fusões ou aquisições, mesmo que os preços dos ativos estejam relativamente baixos, disse nesta sexta-feira o presidente do Lenovo Group, quarto maior fabricante mundial de computadores.

Executivos da Lenovo haviam afirmado anteriormente que a empresa, que concorre com a Dell e a Hewlett-Packard (HP), estava em busca de aquisições em mercados emergentes, especialmente Brasil, China e Índia.

A empresa chegou a negociar uma possível compra da brasileira Positivo, mas as partes não chegaram a um acordo.

O presidente-executivo Yang Yuanqing, no entanto, disse que seria difícil chegar a acordos no momento porque as empresas visadas não estariam dispostas a vender, dados os preços deprimidos vigentes, e a Lenovo não desejaria comprar a preços altos.

"Mesmo que os preços caiam bastante, isso não necessariamente resulta em negócio para nós", disse Yang a jornalistas. "O momento não é oportuno para fusões e aquisições".

A Lenovo realinhou sua estrutura de negócios na semana passada para dividir as atividades entre mercados emergentes e maduros, com a criação de duas novas unidades de negócios que substituem as organizações regionais de mercado existentes na empresa.

Na quinta-feira, o grupo revelou 50 novos modelos de computadores, em Pequim, o que sublinha seus esforços para mudar o foco de seus negócios e concentrar as atenções nos consumidores, e não no mercado empresarial.

A demanda chinesa de computadores pessoais deve subir no trimestre atual, ante o precedente, de acordo com Yang.

"Percebemos intenções crescentes de gastos com computadores pessoais, da parte dos consumidores chineses, como resultado das medidas de estímulo do governo", disse.

Para atender a essa demanda, a Lenovo vai acelerar seu ritmo de lançamento de novos produtos e também diversificar suas linhas, disse Yang.

O grupo de pesquisa IDC estima que a Lenovo tenha vendido 22 milhões de computadores em 2008, o que lhe valeu 7,4 por cento do mercado mundial total no ano passado. A marca foi a única das quatro grandes a perder participação de mercado, em 0,1 por cento.
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