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Dois jovens foram detidos após Marcha da Maconha no Rio

G1

Dois jovens foram detidos no início da noite de sábado (7) após a Marcha da Maconha, na orla da Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, a confusão começou quando eles começaram a cantar músicas de apologia às drogas para os policiais, que decidiram revistá-los e teriam sido afrontados pela dupla.

De acordo com a Polícia Civil, eles foram levados para a 14ª DP (Leblon), onde foram autuados por desacato e resistência e liberados. Eles vão responder ao processo no Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Marcha reuniu 5 mil, dizem organizadores
A manifestação reuniu, segundo a organização, cerca de 5 mil pessoas ao longo de todo o trajeto entre o Leblon e o Arpoador.

"Nosso objetivo é despertar a população para o debate sobre a questão da legalização da maconha. Somos totalmente a favor da liberação para todo os fins: medicinais, industriais, religiosos. A semente da maconha é rica em ômega 6 e ômega 3 e não tem a substância THC tão nociva a saúde", defendeu Renato Cinco, um dos organizadores do evento, realizado pelo terceiro ano consecutivo no Rio graças a um habeas corpus.

O líder da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, que pela primeira vez tem a oportunidade de participar da marcha no Rio, contou que já coloborou nas outras edições permitindo que sua imagem fosse usada em máscaras pelos manifestantes.

"Como artista tenho o papel de levar esse debate adiante. Acho uma hipocrisia uma sociedade tabagista e alcoólatra condenar o uso da maconha. Para mim, quem é contra a legalização é a favor do tráfico de drogas", disse o músico.
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