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Citado em farsa sobre morte de juiz, Lessa diz que Beatriz Árias mentiu

Da Redação - Julia Munhoz

O desembargador aposentado Paulo Inácio Dias Lessa, que atualmente comanda a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), negou qualquer envolvimento na farsa articulada pelo delegado da Polícia Civil Márcio Pieroni e pelo empresário Josino Guimarães, presos pela Polícia Federal, para levantar a hipótese de que o juiz Leopoldino Marques do Amaral, morto sem setembro de 1999, estivesse vivo.

Lessa disse que Beatriz Árias mentiu ao relatar um possível encontro com o secretário na Associação Matogrossense de Magistrados (AMAM), para convencê-la a fazer parte da fraude articulada para beneficiar Josino, que irá a júri em breve. Ele ressaltou ainda não ter nenhum tipo de intimidade ou proximidade com Árias, condenada pela morte de Leopoldino.

Beatriz Árias era funcionária pública do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Após ser condenada pela morte do magistrado ela foi demitida e respondeu processo administrativo disciplinar, que foi aberto após investigações conduzidas pelo então corregedor-geral de Justiça, desembargador Paulo Lessa, entre os anos de 1999 e 2001.

Durante as investigações da Polícia Federal, que resultaram na prisão do delegado e do empresário, a ex-escrevente compareceu à Procuradoria Regional da República, de forma espontânea, para relatar sobre a farsa, que teria tido início em 2006.

Em depoimento, ela afirmou ter sido procurada por Pieroni a pedido do desembargador para confirmar a versão de que Leopoldino estaria vivo e morando na Bolívia. “Que a depoente ligou para o desembargador Paulo Lessa; que o desembargador disse que poderia confiar nele e que era para responder tudo que o delegado Pieroni perguntasse”, trecho da oitiva de Beatriz ao MPF.
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