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Chávez critica cúpula do G20 e diz que FMI deve ser 'eliminado'

BBC Brasil

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou nesta sexta-feira, em visita ao Irã, as conclusões da cúpula do G20, que aconteceu na última quinta-feira, em Londres. Segundo ele, as medidas anunciadas após a reunião "são o mesmo remédio que está matando o paciente".

"O encontro do G20 terminou sem vergonha ou glória. Basta ler as conclusões (da cúpula). Estas definitivamente não são as soluções que o mundo precisa, que o mundo quer. Para enfrentar a crise no capitalismo mundial, eles decidiram aplicar o mesmo remédio que está matando o paciente", afirmou.

Em visita oficial ao Irã, Chávez anunciou, junto com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, o lançamento de um banco binacional.

O encontro com Ahmadinejad foi classificado por Chávez como uma reunião do "G2".

"O banco (binacional) nasceu, e é um nascimento histórico. Ontem, terminou a cúpula do G20, mas o G2 ainda não terminou, nós somos o G2", disse o presidente venezuelano ao lado de Ahmadinejad, em uma cerimônia transmitida ao vivo pelo canal de televisão Telesur.

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"Imperialismo"

Chávez também criticou os investimentos da ordem de US$ 1,1 trilhão anunciados pelos membros do G20, afirmando que eles seriam colocados "em um saco sem fundos".

O presidente venezuelano também fez críticas ao anúncio de mais investimentos no Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmando que a instituição "é uma das grandes razões da crise" econômica.

"O FMI tem que ser eliminado, mas eles querem fortalecê-lo", afirmou Chávez, que classificou o Fundo e o Banco Mundial (Bird) como "ferramentas do imperialismo".

"A hora de acabar com o imperialismo chegou, o imperialismo afundou e, de suas cinzas, um novo mundo surgirá", disse o presidente venezuelano.


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