Imprimir

Notícias / Brasil

Dona de casa de 220 kg ainda não fez cirurgia em Feira de Santana, BA

G1

A dona de casa Eliana Amaral, de 220 kg, que mora em Feira de Santana, a 108 km de Salvador, e precisa de uma cirurgia de redução do estômago, ainda não conseguiu ser operada. Ela conta que está sem dinheiro para seguir as orientações dos nutricionistas.

A dona de casa ainda não conseguiu o balão gástrico que deveria usar por seis meses para perder 60 kg antes de fazer a cirurgia de redução de estômago. Eliana diz, também, que não recebeu a visita da equipe médica que a Secretaria de Saúde prometeu mandar para ajudá-la no tratamento da obesidade mórbida.

“Não veio nem um médico me procurar, disseram que tinha consulta marcada, não vieram, tento falar com alguém da Secretaria, não consegui e ficou do mesmo jeito”, conta Eliana Amaral.

Aos 29 anos, ela quase não anda por causa do peso. A dona de casa já passou por uma nutricionista do posto médico do bairro onde mora e vem contando com ajuda de profissionais do Centro de Referencia de Assistência Social (Cras), que fica no bairro Fraternidade.

A situação de Eliana agora ficou ainda pior. É que o marido dela ficou desempregado e ela não está conseguindo cumprir as orientações que recebeu da nutricionista. “Do que adianta a nutricionista estar passando a dieta, sendo que ela não tem condições financeiras para estar cumprindo essa dieta, então ficou mais difícil ainda”, explica a psicóloga Monique Costa.

O drama da paciente sensibilizou o cirurgião do aparelho digestivo, Fernando Farias, que entrou em contato com uma distribuidora baiana e solicitou a doação do balão gástrico que custa quase R$ 8 mil. “Estamos buscando para ver se eles vão nos presentear com esse balão, para a gente doar para essa paciente”, diz o médico.

O médico Reinaldo Atayde, que acompanha Eliana, diz que depois da aquisição do balão, a luta será conseguir a cirurgia de redução de estômago. Em Feira de Santana o procedimento só é feito em hospitais particulares e custa R$ 25 mil. Na Bahia, o serviço gratuito só é feito em dois hospitais de Salvador.

“Ela está com 220 kg, sendo que o risco é maior, e as complicações também. Então é melhor ela perder mais peso com o balão, aí sim, ela estará com melhores condições. Andando, que é muito importante, a deambulação para evitar trombose, e aí, quando ela perder esse peso, a gente leva ela para cirurgia com melhores condições. É o que a gente espera, trazer a cirurgia bariátrica, aqui para Feira de Santana, esse é o objetivo”, esclarece o médico Reinaldo Atayde.

A diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Gilberte Lucas, disse que está agendando a visita do médico para avaliar a colocação do balão gástrico em Eliana. Segundo Gilberte, a rede pública não tem profissionais que ofereçam este serviço e é preciso ver a disponibilidade dos particulares.
Imprimir