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Seis são presos em operação da PF contra desvio de verbas no Maranhão

G1

A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Procuradoria Regional da República, fizeram a “Operação Usura” para coibir o desvio de dinheiro público federal no município de São João do Paraíso (MA). Segundo a PF, cerca de R$ 5,5 milhões que deveriam ser aplicados em projetos de Saúde e Educação foram desviados.

Entre os presos estão o vice-prefeito de São João do Paraíso, Itamar Gomes Aguiar, o ex-prefeito da cidade, José Aldo Ribeiro Souza, a ex-secretária de Educação do município, Maria Raimunda Costa Rocha, e os empresários George Lazaro Maciel Bezerra, Joel Cleiton Maciel Bezerra e Roberto Vasconcelos Alencar.

O delegado Gustavo Souza, responsável pela operação, disse ao G1 que outros sete suspeitos não foram localizados e estão sendo procurados pela Polícia Federal. Entre os foragidos está o atual prefeito, Raimundo Galdino Leite. As equipes seguem em diligência buscando essas pessoas.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em São João do Paraíso, São Luís, Barra do Corda e Imperatriz, no Maranhão, e Marabá, no Pará.

“São recursos repassados pelo governo federal para aplicação em São João do Paraíso para despesas em Saúde e em Educação. [Os recursos]deveriam ser gastos com a compra de merenda e material escolar, produtos farmacêuticos e hospitalares, reformas de unidades de saúde e escolas”, disse o delegado. “A verba foi desviada de diferentes maneiras. Eram feitos saques no banco do dinheiro público e, depois, esse valor era camuflado na prestação de contas. Também eram feitas licitações fraudulentas.”

Os presos foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal em Imperatriz, onde devem prestar depoimento até quinta-feira (12). Posteriormente, o delegado vai decidir se os suspeitos serão liberados ou se permanecerão presos.

Ainda de acordo com a PF, os suspeitos são investigados pelos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso, peculato e emprego irregular de verbas públicas, formação de quadrilha, fraude de licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

O G1 não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos detidos pela Polícia Federal.
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