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Notícias / Ciência & Saúde

Retirada de sangue do cordão umbilical é feita em MT

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

O nascimento de um bebê é o momento apropriado para pensar no futuro e também uma oportunidade única de preservar o sangue do cordão umbilical. Há cerca de um ano e meio já existe em Rondonópolis a representação de uma empresa que oferece o serviço. A coleta é feita logo após o parto, um procedimento rápido e indolor tanto para a mãe quanto para o bebê e que pode garantir a cura de doenças até mesmo para outras gerações da mesma família.

De acordo com Danilo Geraldeli, representante da empresa com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília, o atendimento é feito 24 horas, já que muitas vezes o nascimento não é programado. Assim que é feito o clampeamento do cordão umbilical, na hora do parto, o sangue já pode ser retirado e depois é transportado via aérea para armazenamento na empresa em São Paulo. O serviço tem um valor para a coleta e uma manutenção anual. “A principal importância é a da prevenção. Não sabemos o avanço da tecnologia daqui a 10, 15 anos e é uma segurança contar com o material”, explica Danilo.

O primeiro transplante de célula-tronco do sangue do cordão umbilical foi feito na década de 80 na França e obteve resultado extraordinário. A partir daí, pesquisas foram realizadas e utilizadas para centenas de tratamentos, que até então não tinham resposta de cura. Atualmente, as células são consideradas o maior patrimônio genético do homem e só podem ser obtidas no momento do parto. Uma vez coletada corretamente e preservada de modo seguro, são potencialmente capazes de se transformarem em ossos, nervos, músculos e sangue, além de ampla aplicação terapêutica no combate a males degenerativos, traumas neurológicos e até câncer.

Entre as doenças tratáveis com células-tronco, com tratamentos comprovadamente eficazes e já disponíveis no Brasil estão leucemias, anemias, linfomas (câncer de leucócitos), anomalias hereditárias dos glóbulos vermelhos, doenças mieloproliferativas, doenças hereditárias do sistema imune, neurotrepenias, doenças dos fagócitos, câncer na medula óssea e outros cânceres. Entre as que estão em fase de ensaio clínico estão transplantes para tumores cancerígenos, para doenças hereditárias que afetam o sistema imune e outros órgãos, para doenças metabólicas hereditárias, de proliferação celular, do sistema nervoso central e reparação de fraturas ósseas e órgãos, entre outras.

Além da forma particular, a coleta também é realizada no Brasil através de bancos públicos. Neste caso, a coleta é uma forma de doação e o doador não terá prioridade caso venha a precisar do sangue do cordão para uso da criança ou para seus familiares. A coleta de bancos públicos é feita em maternidades vinculadas a uma rede coordenada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Para a coleta particular no interior do Estado, o interessado deve entrar em contato com a empresa pelo 0880-772 2200, com atendimento 24 horas.

Com informações da revista Viva melhor, editada pela empresa CordCell | Células Tronco do Cordão Umbilical – Terapia Celular.
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