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Dilma defende solução pacífica para África e desarmamento nuclear

G1

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (17), após reunião com o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, que haja um desarmamento nuclear “abrangente” nas nações detentoras de armas atômicas e pediu que as Nações Unidas interfiram de forma pacífica nos conflitos em países islâmicos.

“Apresentei a posição do Brasil sobre os conflitos no Oriente Médio e no norte da África, ressaltando nossa preocupação com o bem estar das populações civis em todos os países da região. O Brasil espera que a comunidade internacional ajude os países da região por meio do diálogo, da negociação, com estrito respeito à soberania nacional, às liberdades civis e aos direitos humanos”, afirmou.

A presidente também disse que a redução dos arsenais atômicos é necessária ao desarmamento mundial. “Suécia e Brasil defendem que o desarmamento passa não apenas pela redução dos arsenais, mas também pela redução abrangente do papel das armas nucleares e, sobretudo, conduzindo à redução dos armamentos atômicos.”

Investimentos
Assim como fez durante a visita ao Brasil do presidente da Alemanha, Christian Wulff, no mês passado, Dilma apresentou ao premiê sueco oportunidades de investimento no país, principalmente em obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016.

“O Programa de Aceleração do Crescimento, as Olimpíadas e Copa do Mundo são oportunidades importantes de investimento”, afirmou.

Ela também disse esperar parcerias com a Suécia para oferecer bolsas de estudos a estudantes brasileiros. “Estamos empenhados no programa de ensino no exterior que fornecerá 75 mil bolsas financiadas pelo governo brasileiro para que jovens brasileiros possam estudar nas melhores universidades. Saúdo nossa expectativa de que parte desses estudantes possa ser aproveitada em instituições de ensino suecas.”

FAO
A presidente também defendeu ao premiê sueco a candidatura do brasileiro José Graziano ao cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

“Apresentei, por fim, as razões que me levaram a apresentar José Graziano para o posto de diretor-geral da FAO. Tenho a convicção de que o candidato brasileiro reúne as mais sólidas credenciais para assumir o importante cargo”, disse.

A candidatura de Graziano foi oficializada pelo governo brasileiro em novembro de 2010. A eleição será realizada na próxima reunião da Conferência da FAO, marcada para o dia 25 de junho de 2011, em Roma. A entidade tem como objetivo centralizar as ações da Organização das Nações Unidas (ONU) para erradicação da fome em todo o mundo.

Em 2001, coordenou a elaboração do Programa Fome Zero, um dos principais pontos do programa da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Em 2003, ele assumiu o cargo de Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome e foi responsável pela implantação do programa que se tornou um dos principais da política social do governo Lula.

Gafe
Após reunião e declaração à imprensa no Palácio do Planalto, Dilma e Fredrick Reinfeldt se dirigiram ao Itamaraty para almoço. Ao contrário do que manda o protocolo, o premiê sueco acabou chegando ao Itamaraty antes da presidente brasileira e teve de esperar a chegada dela sozinho na rampa que dá acesso ao palácio.

A espera durou pouco menos de cinco minutos. Assim que chegou ao local, Dilma se dirigiu à rampa para receber Reinfeldt e os dois seguiram para o almoço.
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