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Escritor uruguaio diz que planos do G20 são "brincadeira de humor negro"

EFE

O escritor uruguaio Eduardo Galeano chamou hoje de "brincadeira de humor negro" a decisão do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) de destinar US$ 1 trilhão aos organismos financeiros internacionais para enfrentar a crise.

Segundo o escritor e ativista, a decisão do G20 não tem lógica porque o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) "não são organismos internacionais".

Para Galeano, nenhuma das duas entidades expressa "a vontade do mundo", mas a dos "donos do mundo, que são os que estão empurrando o planeta para o abismo".

"São os que impuseram, justamente por meio do BM e do FMI, a religião do mercado, são os que fizeram purê do Estado, e os que obrigaram o povo a dançar salsa ao ritmo da orquestra do Titanic", opinou o uruguaio.

Além disso, Galeano considerou que, "com todo o dinheiro que os culpados pela quebra universal estão recebendo, seria possível acabar com a fome no mundo".

Para o escritor, o único resultado positivo da cúpula de Londres foi que "aparentemente todos entraram em acordo quanto à necessidade de acabar com o sigilo bancário".
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