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De acusador de Pagot, Mário Couto se torna réu por fraudes no Pará

De Brasília - VT

O senador paraense Mário Couto (PSDB), o mesmo que na semana passada fez ataques públicos ao diretor geral do Departamento nacional de Infra Estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, é um dos personagens centrais de uma denúncia de desvio de recursos na Assembléia Legislativa do Estado do Pará.

Segundo reportagem da Revista Carta Capital desta semana, Mário Couto é apontado como um dos principais beneficiados, ao lado do ex-deputado Domingos Juvenil (PMDB) em um esquema de manipulação de contra-cheques que movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês. Ambos foram presidentes da poder legislativo estadual neste período.

O caso foi denunciado ao Ministério Público pela ex-chefe dos recursos humanos da assembléia paraense, Mônica Alexandra da Costa Pinto. Linda, morena e aos 44 anos, ela participou de todas as fraudes e decidiu fazer a denúncia após ser substituída do cargo por um aliado de Juvenil.

Mônica também resolveu entregar tudo que sabia para prejudicar o ex-deputado José Robson do Nascimento, também conhecido como Robgol, ex-jogador do clube de futebol Paisandu e que teria participado do esquema.

Ainda segundo a reportagem, a quadrilha se especializou em alterar contra-cheques, fazer compras superfaturadas, fraudas licitações e assombrar o legislativo estadual paraense com funcionários fantasmas e servidores laranjas.

A reportagem afirma que Mônica foi convidada para o cargo pela filha de Mário Couto, o que reforça a tese de participação maior ainda do senador tucano. O senador poderá, a partir disso, sofrer ação de improbidade administrativa por parte dos promotores paraense. Porém, por ter foro privilegiado, o poderá se processado criminalmente se a Procuradoria geral da República se interessar pelo caso.
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