Apesar do último levantamento que aponta um aumento no número de desmatamento na Amazônia Legal em Mato Grosso, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) fez questão de enfatizar que os novos índices representam um caso isolado. O secretário titular da pasta, Alexander Maia, afirmou que há uma necessidade de averiguar situações de desmate, dos grupos que já foram notificados por outras ocorrências, mas só foram apontados agora pelo Deter, “É preciso separar o joio do trigo”.

O Deter é um serviço de mapeio de desmatamento por degradação florestal, e serve como serviço de alerta. Entretanto, os números apontados por ele podem não ser exatos, já que ele mapeia via satélite, e uma cobertura de nuvens, por exemplo, pode mascarar a situação em uma área em um período e revela - lá em outro. O problema, segundo Maia, é que áreas que sofreram queimadas e já foram autuadas, entram na estatística como desmatada.

Aliás, essa hipótese foi ressaltada pelo secretário, que aposta nessa possibilidade pelo grande aumento no desmate em terras mato-grossenses, uma vez que o estado, há oito anos conseguia manter uma linha de queda. “Como a redução do desmatamento foi grande nos últimos anos, os números de abril acabam sendo ressaltados e prejudicando a imagem do estado”, ressaltou.

Para os novos registros a serem lançados ainda em 2011, a secretaria aposta que Mato Grosso volte a mostrar para o Brasil que os crimes ambientais foram novamente reduzidos, mesmo em companhia ao avanço do agronegócio. “Queremos que o avanço ocorra de maneira responsável, sem acabar com a biodiversidade, e isso foi capturado pelos nossos produtores”.