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Na Bahia, livro de biólogo estimula inclusão de insetos na dieta humana

G1

Larvas desidratadas de besouros, grilos temperados com sal e pimenta. Pode parecer estranho, mas são pratos bastante consumidos em alguns países do mundo. O biólogo Eraldo Medeiros, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), pesquisa os insetos comestíveis há mais de 15 anos. Toda esta experiência resultou no livro “Antropoentomofagia: insetos na alimentação humana”, o primeiro do gênero a ser lançado do Brasil.

“Tem textos de um congresso que foi em 2009 aqui na Universidade Estadual de Feira de Santana com pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Nutricionistas, parasitologistas, biólogos, gastrônomos falam da importância de insetos na alimentação humana”, diz.

Professor Eraldo acredita que em um curto prazo de tempo estas iguarias estarão na mesa de muita gente. “A população pensa que inseto é algo a ser exterminado, que é daninho, que é contaminante, que pode causar mal, que é nojento, mas não é assim. É um recurso, ele existe, é abundante na natureza, e um dia espero que faça parte do cardápio do brasileiro”, diz.

No centro de Feira de Santana, muita gente torceu o nariz para os pratos exóticos. “Não vou, não”, esquiva-se um morador. “Está sequinho. Parece camarão”, estimula o professor.

Mas aos poucos, o biólogo conseguiu convencer as pessoas a provarem os insetos. “Legal, gostoso. Tem pra vender?”, aprova uma mulher.
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