A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá continua com o trabalho de investigação suspenso do processo disciplinar que responde o estreante Ralf Leite (PRTB), depois de ser flagrado acompanhado de um travesti de 17 anos de idade. Os membros aguardam a decisão da Justiça sobre a ação protocolada pela assessoria jurídica da Comissão que acusa o parlamentar de litigância de má-fé na tentativa de derrubar a liminar concedida no último dia 19 deste mês pelo Tribunal de Justiça, suspendendo o processo que o vereador responde por quebra de decoro parlamentar.

Os vereadores Everton Pop (presidente, Domingos Sávio (relator) e Adevair Cabral (membro) alegam que a defesa de Ralf teria omitido propositalmente várias informações ao pedir o trancamento da ação. No entanto, com a demora da resposta do TJ, a situação polêmica tem-se prolongado por quase 20 dias. “Só estamos aguardando a decisão para apresentar o relatório final da Comissão e acabar de vez com essa situação. Porque ninguém agüenta mais discutir o assunto na Câmara, diante de tantos problemas sérios enfrentados pela população cuiabana”, ressaltou Pop.

Conforme o advogado da Comissão, Zaluir Assad, Segundo o advogado Zaluir Assad, assessor jurídico da Comissão, no documento protocolado no Tribunal, os advogados Alfredo Gonzaga e Marcela Soukef dão a entender que a defesa estaria sendo prejudicada por conta da realização da oitiva onde seriam ouvidos os policiais militares e o adolescente. A resposta será enviada pelo juiz Marcelo Souza Barros, da 4º Câmara Cível.

O advogado de Ralf, Alfredo Gonzaga nega a prática de má-fé. Ele afirma que nunca houve isso e que todas as informações foram levadas ao Judiciário.