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Forças armadas combaterão desmatamento em MT

De São Paulo - Marcos Coutinho

As Forças Armadas deverão combater, fiscalizar e monitorar o desmatamento em Mato Grosso e em parte da Amazônia Legal atendendo apelo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do governo federal, através da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Os primeiros efetivos devem ser enviados ainda nesta semana, segundo apurou o Olhar Direto, no começo da noite.

Em princípio, tropas do 9º Batalhão de Engenharia e Construção (Nono BEC) e do 47° de Coxim (MS) deverão se descolar para alguns municípios de Mato Grosso onde os índices de desmatamento aumentaram de forma significativa e sem controle.

É meta do governo federal evitar que os níveis do desmate atinjam os percentuais de 2008, quando a devastação das florestas foi preocupante. Naquele ano, 5.850 mil Km² foram derrubados por moto serras e correntões.

Na prática, o MMA quer manter as taxas de reução, embora entre agosto e abril, intervalo de tempo de noves meses da coleta da taxa anual do desmate em 2011, o avanço sobre áreas nativas foi de 27% em relação ao ano passado, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

E a preocupação do governo federal é pertinente. Sozinho, Mato Grosso foi responsável por 81% dos mais de 590 Km² (quilômetros quadrados) do desflorestamento registrado na Amazônia nos meses de março e abril.

Na semana passada, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) fez um duro discurso contra os desmatamentos ilegais em Mato Grosso, Pará, Maranhão e Pará. Contudo, a maior prepocupação é com o território mato-grossense, co ênfase para os municípios de Alto Boa Vista e Nova Ubiratã.

O sinal vermelho soou no MMA após o recebimento de documento oficial do governo de Mato Grosso, submetido ao gabinete de crise criado nesta semana pelo governo federal para combater o desmatamento na Amazônia, em que é relatado um relacionamento entre a discussão do novo Código Florestal e o desmate.

O ofício é assinado pelo secretário do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, segundo o qual as discussões sobre o Código Florestal criou a expectativa entre proprietários de terra de que não seriam concedidas novas autorizações para desmatamento. Outra expectativa criada, segundo ele, foi de que os responsáveis seriam anistiados.

"Não há como negar a forte vinculação entre o desmatamento e os processos de discussão da legislação ambiental", consta de trecho do relatório assinado por Maia, numa ao Código Florestal e ao Zoneamento Econômico Ecológico de Mato Grosso.
 
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