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Governo e universidade do Rio assinam protocolo para incentivar pesquisa sobre pescado

Agência Brasil

A ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, assinou hoje (25) protocolo de intenções com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia ligada à cadeia produtiva da pesca e da piscicultura. A medida
faz parte da agenda de preparação do país para a Rio+20, conferência mundial sobre a preservação do meio ambiente e o clima no planeta, que o Rio de Janeiro vai sediar em junho de 2012.

De acordo com a ministra, o desenvolvimento do setor é fundamental para ampliar a capacidade do Brasil na produção de alimentos para os mercados interno e externo. Ela lembrou que o paísl conta com 8,5 mil quilômetros de costa, além de 4 milhões de quilômetros quadrados de zona econômica exclusiva em mar territorial e 13% da água doce do planeta.

“A demanda por alimentos está crescendo em todo o mundo e a agricultura tem potencial limitado para expandir a produção de alimentos. Então, a água pode passar a ser um grande fornecedor de alimentos, principalmente se a gente trabalhar a sustentabilidade com a piscicultura. O potencial que o Brasil tem é estratégico”, afirmou Ideli. Hoje de manhã, ela participou da abertura de fórum promovido pelo ministério, em parceria com a UFRRJ, para discutir o assunto.

De acordo com a ministra, a produção de pescado no Brasil ainda é baixa, cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano, considerando a pesca e o cultivo. Segundo ela, esse volume faz com que o país ocupe a 21ª posição entre os produtores, conforme ranking da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Ela ressaltou ainda que, com a promoção da sustentabilidade e incentivos ao setor, é possível que o Brasil alcance nos próximos anos o patamar de produção de 20 milhões de toneladas por ano, apontado como necessário pela FAO. Isso permitiria exportar o produto para atender à demanda mundial por alimentos, além de aumentar o consumo médio do brasileiro, que hoje é de cerca de 3 quilos de pescado por pessoa ao ano, abaixo dos 14 quilos por ano por habitante, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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