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Alunos suspeitos de explodir bomba em escola passam por exames

G1

A polícia acredita que a bomba caseira que foi detonada em uma escola estadual de Jundiaí, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (25), só não deixou mortos porque não havia ninguém perto do local da explosão. Segundo a titular da Delegacia da Mulher, Fátima Giassetti, quatro alunos ficaram feridos e outros oito entraram em estado de choque. As vítimas foram atingidas por estilhaços dos vidros do banheiro e já receberam alta do hospital. O artefato foi detonado no banheiro masculino.

“Era uma bomba de fabricação caseira. Se tivesse alguém perto, teria morrido, segundo me disse a perita”, disse a delegada. Na tarde desta quarta, a polícia já tinha ouvido uma das vítimas. Alunos que estavam na Escola Estadual Cecília Rosemberg, na Vila Rio Branco, no momento da explosão, também prestaram depoimento. A titular da Delegacia da Mulher deve ouvir as outras vítimas nesta tarde.

A polícia realizou exames residuográficos em dois alunos tidos como suspeitos. Um deles, de 16 anos, tinha dado uma pequena bomba a um colega pela manhã. Com ele, a polícia encontrou outros três explosivos iguais. Segundo a delegada, são bombas de pequena potência. “É uma prova frágil contra ele”, disse Fátima.

O outro suspeito, de 18 anos, faz parte de um grupo de alunos que tem rixa com o adolescente de 16 anos. “Há uma versão de que este grupo de alunos explodiu a bomba para jogar a culpa no menor”, disse a delegada.

O resultado dos exames pode demorar até uma semana para ser concluído.

A bomba explodiu no momento do intervalo. Segundo Fátima, a câmera de segurança da escola não registrou a explosão, porque não captava a entrada do banheiro. “A esperança é que as vítimas tenham visto algo e nos conte."
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