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Musa de calendário de cervejaria trabalha na assessoria de deputado

R7

O que começou como uma brincadeira acabou levando a assessora política Cristiele Brunoski de Araujo, de 33 anos, de Ponta-Grossa, no Paraná, a ser uma das 12 vencedoras do concurso “Miss calendário Kaiser”, de 2011.

Ela, casada há três anos, trabalha como assessora pessoal do líder do governo na Assembleia do Paraná, Ademar Luiz Traiano (PSDB-PR) e também apresenta “esporadicamente” programas de televisão em uma emissora local.

Para a assessora, que se classifica como “reservada com a vida pessoal”, estampar uma das páginas do calendário não lhe trouxe problemas com o trabalho na Assembleia.

- O calendário foi uma brincadeira que deu certo, além de ter sido um desafio. Mesmo trabalhando com comunicação, sou tímida com meu corpo e jamais tinha feito fotos do gênero. Também achei divertido, já que mulheres da minha idade não costumam concorrer em concursos de beleza.

Leia, a seguir, a entrevista concedida por ela ao R7.

R7: Você é formada em comércio exterior, está cursando uma pós-graduação em Gestão Pública e uma faculdade de jornalismo. Quando surgiu o interesse pela política?

Cristiele Brunoski: A política entrou na minha vida justamente por causa da comunicação. Eu era apresentadora de um programa na rádio do deputado estadual Marcelo Rangel (PPS-PR). Acredito que ele gostava das minhas opiniões. A cidade de Ponta Grossa não é muito grande, então já conhecia a família dele [do deputado] também há anos. Há três anos, quando ele se elegeu, me chamou pra ser assessora. Acabei entrando na política e gostando.

R7: E como ocorreu o convite para ser assessora do líder do governo do Paraná, Ademar Luiz Traiano?

Cristiele: Como dentro de qualquer empresa, você acaba conhecendo outras pessoas. Como eu trabalhava no plenário, tinha acesso direto às pessoas que trabalhavam com os deputados. Acredito que ele gostou do meu trabalho. Quando surgiu o desafio para assumir a liderança da bancada governista, ele me chamou pra trabalhar com ele. Como sempre busco desafios, achei a proposta bacana. Trabalho com ele desde fevereiro.

R7: Você acredita que ter sido selecionada como uma das garotas Kaiser pode influenciar no seu cargo?

Cristiele: Acredito que existe culturalmente um tipo de preconceito. Quando eu resolvi participar do concurso, tomei o cuidado de verificar como eram os outros, notei que a maioria das candidatas eram casadas. Então isso me chamou a atenção. Percebi que não era nada promíscuo. Eu trabalho com política, então queria ser mais reservada. Mas não tive nenhum problema, graças a Deus. Eu sou muito reservada em relação à minha vida pessoal.
R7: Você já sofreu algum tipo de assédio na Assembleia por ser bonita?

Cristiele: Acho que assédio é uma palavra muito forte. Como todo ambiente de trabalho, sempre ocorrem alguns “elogios”. Pode colocar entre aspas. Mas nunca nada que me ofendesse. Eu sempre consegui manter uma postura que me afastasse desse tipo de problema.

R7: Se alguém fizer um convite pra você ir trabalhar na Câmara dos Deputados em Brasília, você iria? Tem essa vontade?

Cristiele: Estou fazendo uma pós-graduação em gestão pública que talvez vise isso. Na verdade, nunca parei pra pensar nisso. Acredito que a gente sempre tem que galgar novos caminhos, mas minha ideia, a princípio, é fazer bem o que faço. Mas talvez, quem sabe. Se minha família concordasse, e eu achasse que era a hora, seria um novo desafio.

R7: Em qual carreira você pretende investir agora? Após o calendário, pretende focar na carreira de modelo?

Cristiele: Acredito que as pessoas podem ser polivalentes, mas temos que tomar o cuidado para um trabalho não interferir no outro. Se conseguisse conciliar, acho que não haveria problema. Mas nunca trabalhei como modelo e não me considero uma, pois sei da batalha que as verdadeiras manequins enfrentam.
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