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Notícias / Informática & Tecnologia

Ações da Telecom Italia caem com medidas antitruste argentinas

AE

 As ações da Telecom Italia caíram mais de três por cento nesta segunda-feira, depois que a empresa recebeu das autoridades regulatórias argentinas a ordem de se abster de interferência na administração da Telecom Argentina, no mais recente desdobramento da disputa antitruste em que a empresa está envolvida.

Em comunicado postado em seu site durante o final de semana, as autoridades regulatórias argentinas ordenaram que as pessoas que representam a Telecom Italia no conselho da Telecom Argentina se abstenham de tomar parte em decisões quanto à administração da operadora.

A decisão é retroativa a 9 de janeiro.

O presidente-executivo da Telecom Italia, Franco Bernabe, descreveu a decisão como sem base e prejudicial aos interesses da operadora.

"Espero que o governo argentino intervenha para resolver a situação, porque ela coloca em risco futuros investimentos estrangeiros no país", ele teria declarado, de acordo com os jornais. Os comentários de Bernabe foram confirmados posteriormente por um porta-voz da empresa.

Um analista de Milão disse que os investidores estão aproveitando a notícia para realizar lucros, porque as ações vinham apresentando desempenho superior ao do mercado nas últimas semanas.

"O impacto (que a decisão das autoridades antitruste terá) sobre os resultados deve ser muito limitado", disse o analista, que pediu que seu nome não fosse citado.

A ordem surgiu depois que as autoridades regulatórias congelaram a opção de aquisição da Telecom Italia sobre a Telecom Argentina, como parte de uma investigação sobre a possível criação de uma operadora dominante no país.

A preocupação das autoridades deriva do fato de que um dos acionistas da Telecom Italia, a Telefônica, controla outra das operadoras de telefonia argentina, a Telefónica de Argentina.

A Telefónica controla 42,3 por cento da Telco, a holding italiana que por sua vez controla 24,5 por cento da Telecom Italia.

A companhia italiana também enfrenta preocupações regulatórias no Brasil, como resultado da presença do grupo Telefónica na Telco, que poderia alterar o controle da operadora brasileira TIM.
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