Imprimir

Notícias / Esportes

Peñarol leva virada, mas passa para a final da Libertadores

R7

Em uma partida dramática, o Peñarol perdeu para o Vélez por 2 a 1, mas passou para as finais da Libertadores pelos gols marcados fora de casa, nesta quinta-feira (2). Os uruguaios conseguiram o direito de ir para a decisão contra o Santos graças ao critério de gols fora de casa, já que venceu por 1 a 0 a primeira partida.

O Peñarol saiu na frente aos 33min do primeiro tempo, com um gol de Mier, após linda jogada de Martinuccio. O Vélez chegou ao empate pouco depois, 46min, com Morales que aproveitou um rebote do goleiro. A virada veio com Santiago Silva, aos 21min.

O drama aconteceu aos 29min, quando Martinez foi derrubado na área e o juiz marcou o pênalti. Mas na cobrança, Santiago Silva escorregou e mandou a bola por cima do gol, com os argentinos já com um homem a menos, após a expulsão de Ortiz.

O Peñarol mostrou que sabe se beneficiar do contra-ataque para ditar o ritmo do confronto na Argentina. O placar não foi aberto antes pelo uruguaio porque o meia-atacante Martinuccio não conseguiu aliar sua velocidade com precisão na finalização.

Logo aos 3min de jogo, o jogador cobiçado pelo Palmeiras aproveitou toque de primeira na intermediária, driblou um marcador, venceu outros três na corrida e entreou livre na área, mas faltou força para chutar. A bola ficou fácil nas mãos do goleiro Barovero.

Chave da força da equipe uruguaia, o baixinho Martinuccio perdeu gol até de cabeça, recebendo livre. O Vélez, que havia perdido Cubero por lesão - Tobio entrou em seu lugar - demorou a entender que o Peñarol controlava todas as suas investidas na intermediária, forçando os argentinos a caírem pelas laterais, e encontravam o meia-atacante sempre sem marcação.

Os anfitriões, contudo, conseguiram ter o controle do confronto aproveitando-se bem das jogadas pelos flancos, principalmente pela esquerda. O problema é que Santiago Silva, referência de todas as bolas alçadas na área, não conseguia ser fatal, seja por falha no posicionamento ou técnica.

E Martinuccio, enfim, conseguiu colocar o Peñarol em vantagem. Exatamente quando, finalmente, foi marcado. Aos 33min, o meia-atacante segurou a bola na área, pela direita, prendeu a atenção de dois adversários e inverteu com um passe rasteiro para Mier dominar e colocar a bola nas redes de Barovero aos 33min.

Em desvantagem, o Vélez conseguiu ver sua estratégia torna-se mais útil. Santiago Silva passou a ajudar até escorando pelo alto para um colega em melhores condições. O problema era que as finalizações continuavam erradas. Mesmo quando a bola entrou, após a característica torça de passes do time argentino pela esquerda, o árbitro invalidou gol de Martínez, que estava em posição legal.

A presença de Moralez, principal jogador do time e desfalque no Uruguai, finalmente teve resultado no final do primeiro tempo. Em uma bola levantada por ele em cobrança de falta pela esquerda, o goleiro Sosa, do Uruguai, acabou rebatendo fraco, deixando-a nos pés de Tobio, que logo tratou de empatar.

Se dominou no início do primeiro tempo, o Peñarol tratou de não se arriscar muito na volta do intervalo e jogar com o regulamento a seu favor. E forneceu campo ao Vélez, atacando somente em cada vez mais raros lançamentos para Martinuccio. A postura logo foi punida quando Santiago Silva aproveitou bola ajeitada por Martínez para virar aos 21min.

Intensamente apoiada pelo estádio lotado, que cantou até uma versão de "Ilariê", música da Xuxa, a equipe da casa acabou se prejudicando pelo nervosismo em campo. O zagueiro Ortiz, que já havia recebido amarelo por iniciar confusão no primeiro tempo e falhado no gol do Peñarol, deu um pontapé em Martinuccio e foi expulso aos 24min.

Ficar com um a menos, porém, não fazia muita diferença diante de um Peñarol que preferia manter pelo menos oito atletas atrás da intermediária. Por isso, os argentinos ainda tiveram a oportunidade de fazer o gol da classificação, após Martínez sofrer pênalti. Mas Santiago Silva chutou por cima do travessão, aos 30min, a classificação para a final e a sua chance de ser herói.

Depois do susto, o Peñarol teve mais inteligência. Aproveitou-se do desespero misturado até com desânimo dos donos da casa para adiantar sua marcação, manter a bola bem distante de sua área e aproveitar qualquer escanteio ou cobrança de lateral para ganhar tempo. Assim, matará a saudade de disputar uma final de Libertadores.

FICHA TÉCNICA
VÉLEZ SARSFIELD-ARG 2 X 1 PEÑAROL-URU

Local: Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 2 de junho de 2011, Quinta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Assistentes: Francisco Mondría e Patricio Basualdo (ambos do Chile)
Cartões Amarelos: Ortiz e Santiago Silva (Vélez); Albín e Estoyanoff (Peñarol)
Cartão Vermelho: Ortiz (Vélez)
Gols: VÉLEZ: Tobio, aos 45 do primeiro tempo, e Santiago Silva, aos 21 do segundo tempo
PEÑAROL: Mier, aos 33 minutos do primeiro tempo

VÉLEZ SARSFIELD: Barovero; Cubero (Tobio), Domínguez, Ortiz e Papa; Fernández, Canteros, Zapata (Ramírez) e Morales (Alvarez); Martínez e Silva
Técnico: Ricardo Gareca

PEÑAROL: Sosa; González, Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Freitas, Aguiar e Mier (Estoyanoff); Olivera e Martinuccio (Albín)
Técnico: Diego Aguirre
Imprimir