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De cantor de casamento a presidente da Fifa: jornal conta história de Blatter
G1
Reeleito para o quarto mandato no comando da Fifa, quem vê o suíço Joseph Blatter de terno, rodeado de grandes nomes do esporte, nem imagina como ele chegou ao cargo máximo da entidade que regula o esporte mais popular do planeta. Blatter venceu a conturbada eleição da Fifa, nesta quarta-feira, rodeada por um clima de tensão provocado por supostas acusações de corrupção, travando uma batalha com a Federação Inglesa (FA), que pedia o adiamento da votação.
Mas o dirigente começou a carreira na pequena cidade suíça de Visp, com apenas seis mil habitantes, local onde mora a filha Corinne, casada com um dono de um restaurante local, e a neta, a quem chama de "meu maior presente". De acordo com o jornal inglês, Blatter costuma visitar a pacata cidade alpina, que fica a duas horas de Zurique, de vez em quando, viajando de trem para aproveitar a vista.
Nascido em 1936, dois meses prematuro, viveu com os três irmãos (Ruth, Peter e Marco), e com o pai, que trabalhando em uma indústria química da região, sustentava a família. Blatter também ajudava plantando vegetais e frutas para aumentar o orçamento, e recebia educação de alto nível, assim como os irmãos, já que o pai queria tirá-los daquela situação. Ele chegou a trabalhar como cantor de casamento, recebendo a pequena quantia de 75 libras por noite para animar as festas dos novos casais.
04/06/2011 10h10 - Atualizado em 04/06/2011 10h10
De cantor de casamento a presidente da Fifa: jornal conta história de Blatter
Diário 'Daily Mail' conta como foi a trajetória do suíço para chegar ao cargo máximo da entidade que regula o futebol mundial
Por GLOBOESPORTE.COM
Londres
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Blatter vence mais uma na Fifa
(Foto: agência Reuters)Reeleito para o quarto mandato no comando da Fifa, quem vê o suíço Joseph Blatter de terno, rodeado de grandes nomes do esporte, nem imagina como ele chegou ao cargo máximo da entidade que regula o esporte mais popular do planeta. Blatter venceu a conturbada eleição da Fifa, nesta quarta-feira, rodeada por um clima de tensão provocado por supostas acusações de corrupção, travando uma batalha com a Federação Inglesa (FA), que pedia o adiamento da votação.
Mas o dirigente começou a carreira na pequena cidade suíça de Visp, com apenas seis mil habitantes, local onde mora a filha Corinne, casada com um dono de um restaurante local, e a neta, a quem chama de "meu maior presente". De acordo com o jornal inglês, Blatter costuma visitar a pacata cidade alpina, que fica a duas horas de Zurique, de vez em quando, viajando de trem para aproveitar a vista.
Nascido em 1936, dois meses prematuro, viveu com os três irmãos (Ruth, Peter e Marco), e com o pai, que trabalhando em uma indústria química da região, sustentava a família. Blatter também ajudava plantando vegetais e frutas para aumentar o orçamento, e recebia educação de alto nível, assim como os irmãos, já que o pai queria tirá-los daquela situação. Ele chegou a trabalhar como cantor de casamento, recebendo a pequena quantia de 75 libras por noite para animar as festas dos novos casais.
Blatter e o mascote da Copa do Mundo da África, Zakumi (Foto: Getty Images)Mas o dirigente queria sempre ser o centro das atenções, segundo o "Daily Mail". Uma fonte não-identificada de dentro da Fifa afirmou ao periódio que não se trata de dinheiro para o presidente da entidade.
- O que importa para ele é o reconhecimento. Ele não ficará incomodado com as críticas que tem recebido, porque significa que ele está sob os holofotes. Para ele, a pior coisa é ser ignorado - relatou, em referência ao suíço, que recebe o suposto salário de 1,7 milhão de libras por ano, fora as gratificações.
Na universidade, Blatter estudou negócios e economia, e foi lá que, segundo o escritor Bruno Affentrager, que fez uma biografia do suíço que não chegou a ser publicada, conheceu o ator Eddie Constantine, que serviria de modelo para ele.
- Blatter ficou tão impressionado com ele, o modo que segurava cigarros, como conversava com as mulheres, como se vestia, que se baseou em Constantine.
Assim, resolveu jogar seu charme para cima de uma garota local, Lilliane Biner, com quem acabou se casando e tendo uma filha. Atualmente, Biner está casada com outro homem e vive na Alemanha.
Com o tempo, a educação de alto nível fez com que ele conseguisse evoluir na carreira. Primeiro, foi repórter esportivo local. Bem sucedido na função, foi chamado para se tornar chefe de relações públicas da Junta de Turismo do Cantão de Valais, região da Suíça, e mais tarde, em 1964, assumiu a secretaria-geral da Federação de Hóquei sobre o Gelo do seu país. Passou por um cargo na Cronometragem Esportiva e Relações Públicas da Longines S.A., trabalhando na organização dos Jogos Olímpicos de 1972 e de 1976.
Em 1975, o trabalho de Blatter impressionou Horst Dessler, um dos donos de uma das marcas esportivas mais famosas do planeta, que convenceu a Fifa a contratar o suíço. Ele conseguiu então o cargo de diretor dos Programas de Desenvolvimento Técnicos da entidade, e trabalhou com o brasileiro João Havelange. A fluência em diversas línguas como inglês, francês, italiano, alemão e espanhol ajudou.
Mas Blatter deu o grande salto quando começou a namorar a jovem Barbara Kaser, filha do então secretário-geral da Fifa, Helmut Kaser. Seis anos depois, Kaser perdeu o cargo para o suíço. Blatter casou-se com Barbara, mas em 1999, ela faleceu após complicações em uma cirurgia, com apenas 52 anos.
Ele teve alguns outros romances, mas um episódio curioso aconteceria com a terapeuta Graziella Bianca, de 30 anos. Apaixonados, pretendiam casar na igreja, e Blatter chegou a pedir autorização ao Papa João Paulo II para a cerimônia, mas mesmo com toda a influência que já tinha, não foi liberado.
Depois de alguns anos, o dirigente resolveu voltar com uma ex-namorada, Llona, e largou Graziella que, na época, afirmou que o divórcio aconteceu pois o marido era "louco por trabalho e casado com o futebol". Mas o casamento com Llona também foi frustrado, terminando dois anos depois, e ela voltou para a Polônia, onde tinha um pequeno comércio.
Em 1998, conseguiu vencer a eleição para a presidência da Fifa pela primeira vez, derrotando o sueco Lennart Johansson, em uma eleição polêmica, em que o africano Farah Addo foi acusado de ter recebido 100 mil dólares para apoiar Blatter.
Sem provas, o dirigente continua sendo o poderoso chefão da entidade, mesmo rondado por um clima de instabilidade atual, com supostas denúncias de corrupção e afastamento de membros do Comitê de Ética. De acordo com o biógrafo Affentranger, Blatter guarda uma "caixa tóxica", onde esconde segredos que, ao que parece, nunca serão revelados.
Mas o dirigente começou a carreira na pequena cidade suíça de Visp, com apenas seis mil habitantes, local onde mora a filha Corinne, casada com um dono de um restaurante local, e a neta, a quem chama de "meu maior presente". De acordo com o jornal inglês, Blatter costuma visitar a pacata cidade alpina, que fica a duas horas de Zurique, de vez em quando, viajando de trem para aproveitar a vista.
Nascido em 1936, dois meses prematuro, viveu com os três irmãos (Ruth, Peter e Marco), e com o pai, que trabalhando em uma indústria química da região, sustentava a família. Blatter também ajudava plantando vegetais e frutas para aumentar o orçamento, e recebia educação de alto nível, assim como os irmãos, já que o pai queria tirá-los daquela situação. Ele chegou a trabalhar como cantor de casamento, recebendo a pequena quantia de 75 libras por noite para animar as festas dos novos casais.
04/06/2011 10h10 - Atualizado em 04/06/2011 10h10
De cantor de casamento a presidente da Fifa: jornal conta história de Blatter
Diário 'Daily Mail' conta como foi a trajetória do suíço para chegar ao cargo máximo da entidade que regula o futebol mundial
Por GLOBOESPORTE.COM
Londres
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Blatter vence mais uma na Fifa
(Foto: agência Reuters)Reeleito para o quarto mandato no comando da Fifa, quem vê o suíço Joseph Blatter de terno, rodeado de grandes nomes do esporte, nem imagina como ele chegou ao cargo máximo da entidade que regula o esporte mais popular do planeta. Blatter venceu a conturbada eleição da Fifa, nesta quarta-feira, rodeada por um clima de tensão provocado por supostas acusações de corrupção, travando uma batalha com a Federação Inglesa (FA), que pedia o adiamento da votação.
Mas o dirigente começou a carreira na pequena cidade suíça de Visp, com apenas seis mil habitantes, local onde mora a filha Corinne, casada com um dono de um restaurante local, e a neta, a quem chama de "meu maior presente". De acordo com o jornal inglês, Blatter costuma visitar a pacata cidade alpina, que fica a duas horas de Zurique, de vez em quando, viajando de trem para aproveitar a vista.
Nascido em 1936, dois meses prematuro, viveu com os três irmãos (Ruth, Peter e Marco), e com o pai, que trabalhando em uma indústria química da região, sustentava a família. Blatter também ajudava plantando vegetais e frutas para aumentar o orçamento, e recebia educação de alto nível, assim como os irmãos, já que o pai queria tirá-los daquela situação. Ele chegou a trabalhar como cantor de casamento, recebendo a pequena quantia de 75 libras por noite para animar as festas dos novos casais.
Blatter e o mascote da Copa do Mundo da África, Zakumi (Foto: Getty Images)Mas o dirigente queria sempre ser o centro das atenções, segundo o "Daily Mail". Uma fonte não-identificada de dentro da Fifa afirmou ao periódio que não se trata de dinheiro para o presidente da entidade.
- O que importa para ele é o reconhecimento. Ele não ficará incomodado com as críticas que tem recebido, porque significa que ele está sob os holofotes. Para ele, a pior coisa é ser ignorado - relatou, em referência ao suíço, que recebe o suposto salário de 1,7 milhão de libras por ano, fora as gratificações.
Na universidade, Blatter estudou negócios e economia, e foi lá que, segundo o escritor Bruno Affentrager, que fez uma biografia do suíço que não chegou a ser publicada, conheceu o ator Eddie Constantine, que serviria de modelo para ele.
- Blatter ficou tão impressionado com ele, o modo que segurava cigarros, como conversava com as mulheres, como se vestia, que se baseou em Constantine.
Assim, resolveu jogar seu charme para cima de uma garota local, Lilliane Biner, com quem acabou se casando e tendo uma filha. Atualmente, Biner está casada com outro homem e vive na Alemanha.
Com o tempo, a educação de alto nível fez com que ele conseguisse evoluir na carreira. Primeiro, foi repórter esportivo local. Bem sucedido na função, foi chamado para se tornar chefe de relações públicas da Junta de Turismo do Cantão de Valais, região da Suíça, e mais tarde, em 1964, assumiu a secretaria-geral da Federação de Hóquei sobre o Gelo do seu país. Passou por um cargo na Cronometragem Esportiva e Relações Públicas da Longines S.A., trabalhando na organização dos Jogos Olímpicos de 1972 e de 1976.
Em 1975, o trabalho de Blatter impressionou Horst Dessler, um dos donos de uma das marcas esportivas mais famosas do planeta, que convenceu a Fifa a contratar o suíço. Ele conseguiu então o cargo de diretor dos Programas de Desenvolvimento Técnicos da entidade, e trabalhou com o brasileiro João Havelange. A fluência em diversas línguas como inglês, francês, italiano, alemão e espanhol ajudou.
Mas Blatter deu o grande salto quando começou a namorar a jovem Barbara Kaser, filha do então secretário-geral da Fifa, Helmut Kaser. Seis anos depois, Kaser perdeu o cargo para o suíço. Blatter casou-se com Barbara, mas em 1999, ela faleceu após complicações em uma cirurgia, com apenas 52 anos.
Ele teve alguns outros romances, mas um episódio curioso aconteceria com a terapeuta Graziella Bianca, de 30 anos. Apaixonados, pretendiam casar na igreja, e Blatter chegou a pedir autorização ao Papa João Paulo II para a cerimônia, mas mesmo com toda a influência que já tinha, não foi liberado.
Depois de alguns anos, o dirigente resolveu voltar com uma ex-namorada, Llona, e largou Graziella que, na época, afirmou que o divórcio aconteceu pois o marido era "louco por trabalho e casado com o futebol". Mas o casamento com Llona também foi frustrado, terminando dois anos depois, e ela voltou para a Polônia, onde tinha um pequeno comércio.
Em 1998, conseguiu vencer a eleição para a presidência da Fifa pela primeira vez, derrotando o sueco Lennart Johansson, em uma eleição polêmica, em que o africano Farah Addo foi acusado de ter recebido 100 mil dólares para apoiar Blatter.
Sem provas, o dirigente continua sendo o poderoso chefão da entidade, mesmo rondado por um clima de instabilidade atual, com supostas denúncias de corrupção e afastamento de membros do Comitê de Ética. De acordo com o biógrafo Affentranger, Blatter guarda uma "caixa tóxica", onde esconde segredos que, ao que parece, nunca serão revelados.