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É para você, Abel: Com dois gols de He-Man, Flu supera o Cruzeiro

GLOBOESPORTE.COM

Em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Abel Braga deve estar com o sorriso de orelha a orelha. Em noite de Rafael Moura, o Fluminense derrotou o Cruzeiro por 2 a 1, neste sábado, no Engenhão. Com a vitória na terceira rodada do Brasileirão, o time aguarda em clima de paz o treinador, que, após mais de dois meses de espera, chega ao Brasil na próxima quarta-feira. Substituto de Fred, na Seleção, He-Man foi autor dos gols cariocas, enquanto Anselmo Ramon descontou.

O duelo diante da Raposa, na verdade, já representou o início da “Era Abel” nas Laranjeiras. Auxiliar do treinador, Leomir comandou a equipe do banco de reservas e viu seu primeiro pedido ser atendido: o Flu continuou marcando bem, como ele tinha analisado, mas foi mais ofensivo, com direito a uma nova boa atuação de Deco. Com a vitória, o Tricolor pula para seis pontos, na sexta colocação, e encara o Corinthians, no outro domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu.

Já o Cruzeiro, equipe sensação do início do ano no futebol brasileiro, segue sua via-crúcis após a eliminação nas oitavas de final da Libertadores. Se o título mineiro foi importante para aliviar a ressaca, em três partidas a equipe ainda não venceu no Campeonato Brasileiro e tem somente um ponto. Na 17ª colocação, o time está surpreendentemente na zona de rebaixamento e recebe o Santos, no próximo sábado, às 18h30m, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

O Fluminense sem Fred. O Cruzeiro sem Fábio e Henrique – todos na Seleção. Noite chuvosa no Rio de Janeiro. E público ruim. Os fatores extracampo não colaboravam para que o duelo no Engenhão fosse um grande espetáculo. Mas estavam em campo os atuais campeão e vice do Brasileirão. Motivo suficiente para que se esperasse um bom jogo. E foi o que aconteceu em um primeiro tempo dividido em três atos.

Com Montillo e Conca abaixo do esperado, Gilberto e Deco assumiram a responsabilidade de conduzir as equipes ao ataque. Foram 45 minutos divididos em tempos de 15. Na primeira parte, o Fluminense marcou pressão, dificultou a saída de bola de um Cruzeiro que quase não passou do meio-campo e abusou das jogadas pelas laterais com Mariano e Julio Cesar. Essa, por sinal, uma orientação de Abel Braga pela voz de Leomir. O Tricolor era todo ataque, mas criava poucas chances claras de gol.

A partir dos 16, a maré virou, e a cor predominante em campo foi o azul. Inquieto, Gilberto corria de um lado para o outro e conduzia a equipe mineira. O veloz Wallyson enlouquecia os zagueiros. Porém, faltava ao Cruzeiro também poder de fogo, e as melhores oportunidades surgiram em faltas pelas laterais e chutes de longa distância. Nada capaz de tirar o sono de Berna.

Até que chegou o minuto 31, e, como se fosse combinado, o Flu voltou a tomar conta do jogo. Emplacando sua terceira boa atuação consecutiva, Deco dava bons passes, driblava e levava perigo em chutes de longe. E de tanto tentar, o luso-brasileiro fez a diferença aos 46, quando cobrou falta com maestria na cabeça de Rafael Moura. O He-Man testou firme na pequena área e decretou o placar na descida para o vestiário: 1 a 0.
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