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Notícias / Meio Ambiente

Reciclagem abre porta para mercado rentável em Barreiras, Bahia

G1

A arte de transformar lixo em utensílios domésticos está atraindo muita gente no município de Barreiras, interior baiano.

Além de ter um papel fundamental na proteção ao meio ambiente, diminuindo o descarte de plástico, por exemplo, a reciclagem abre porta para um mercado muito rentável.

A oficina de Tonivaldo Ferreira funciona no quintal de casa. Para fazer cada vassoura que tem como material prima a garrafa pet, são gastos em média 40 minutos de produção. Por dia são produzidas de 20 a 25 unidades. Ele começou a fabricar vassouras há quatro anos e há um ano e meio se tornou microempresário. Para conseguir a matéria prima de sua produção, ele recebe garrafas doadas.

“Nós trabalhávamos muito com o náilon e com a piaçava, só que gastávamos bastante, então veio à ideia. Como é um material resistente, enquanto uma vassoura tradicional dura em média três ou quatro meses, a vassoura de garrafa pet dura em média dois ou três anos”, diz o microempresário.

Se José aprendeu a técnica com o filho. No início ele não acreditava muito no negócio, mas com a aceitação do produto ele viu que dava certo. Hoje em dia ele está satisfeito com o resultado do trabalho e fica feliz em contribuir com o meio ambiente.

Sobre a produção com garrafas pet, seu José Marinho explica. “Achei que não tinha futuro, mas depois quando eu vi que o comércio estava aceitando bem eu me senti obrigado a enfrentar isso”.

Programa Colmeia


No galpão do ‘programa Colmeia’, retalhos de madeira, garrafas pet, cascas de coco, palha de milho e papel, viram cadeiras, mesas e muitas caixas e sacolas. Para o programa, a reciclagem também dá lucro. Hoje em dia o programa vende seus produtos em três lojas da cidade.
A consultora do projeto explica. “As pessoas que usufruam do projeto já tem participação da metade do que eles produzem. Eles podem levar para suas casas, vender. Eles podem dar o destino que cada um quer para o produto”.

Marco trabalhava em uma marcenaria e é daí, a habilidade com a madeira. Ele faz parte do ‘Colmeia’ e já é monitor. “Comecei a passar o que eu já tinha aprendido, mas eu quero aprender muito mais”, diz.

Hoje Maicon produz caixas com palha de milho. Ele tem 13 anos e conheceu o programa através da mãe. Essa foi uma alternativa de ter o que fazer no tempo em que não está estudando. O adolescente não quer parar por aí. “Quero aprender a mexer com bijuterias, couro e marcenaria”, diz o garoto.

Para quem separa os resíduos recicláveis e não sabe para onde destinar os materiais, o programa Colmeia tem a solução. “Nós vamos às casas das pessoas para pegar os materiais. Madeira, sobra de construções, forros de casa, móveis que estão sendo descartados. Tudo isso é reaproveitado dentro da oficina”.
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